sábado, 11 de abril de 2009

O Deus infinito

Belo texto do amigo Diego Venâncio (blog em "eu recomendo")

Quero compartilhar com os meus amigos algo que ouvi muito importante e curioso. O pastor Ariovaldo Ramos tem minha admiração por ser contundente, amoroso, alegre e profundo em sua mensagem.
Não falarei exatamente o que ele disse, pois eu tive aplicações para a minha vida e serão essas que apresentarei.
Ouvi sobre Isaías 6, e tomo a liberdade de postar um trecho deste capítulo aqui.

1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.
2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.
3 E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
4 E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
5 Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.
6 Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7 E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.
8 Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Quando Isaías ouve que o Rei Uzias morreu em sua cabeça a esperança de salvação se acaba, a salvação que levaria o povo a temer a Deus se acabara, pois Uzias foi um Rei temente a Deus. Mas em contrapartida Deus com sua aparição diz que ele está no controle e sentado no trono, continua lá, mesmo que a esperança tenha acabado.
O fato de a nossa esperança por vezes se acabar não isenta a ação de Deus e nem tira Ele de seu posto, ou seja de todo o poder e todo o controle sobre a história, existência e criação.
Logo entramos numa questão sobre a infinitude de Deus.
A orla ou séquito de suas vestes enchem o templo. Isso quebra qualquer tentativa de dizer que Deus está neste ou naquele lugar, ou num templo, pois apenas a berada de suas vestes enchia todo o templo.
Deus é infinito.
Para nós que somos finitos, ao olharmos para Deus, vemos um ser em plena expansão, não podendo delimitá-lo, assim como os cientistas olham para o Universo e o vêem em eterna expansão. Em atos 17:28 encontramos Paulo pregando no areópago e citando um poeta e dizendo que nisso ele estava correto..." Porque nEle nós vivemos, nos movemos e existimos". Se é em Deus que tudo existe logo, tudo é sustentado por ele.
Se Deus é um ser infinito logo, nós somos infintamente menores.
Temos um problema com a infinitude de Deus, pois Deus é sempre o mesmo, Ele é desde sempre. Nós mudamos a todo o instante e isso faz gerar um conflito de naturezas, nós mutáveis e finitos. Mas essa também se torna a nossa salvação, quando Deus não muda de posição, isso nos leva a salvação, pois o plano traçado é o plano executado.

No momento seguinte Isaías vê os anjos com 6 asas, duas cobrindo o rosto. Isso nos mostra que os anjos não podiam ver a glória de Deus. Eles eram serafins que significa reluzente, eles reluziam por causa da glória de Deus.
Duas asas voavam, mostrando a disposição em servir; com duas asas cobriam os pés, que tem o siginifcado de se abster de poder, pois Deus é o dono de todo o poder.
Eles diziam entre si: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia de sua glória. Eles não diziam a Deus mas entre si. O que eles diziam não chegava a Deus.
Os anjos na visão popular tem mais poder do que nós, e estão mais próximo de Deus do que nós estamos. Mas o que o texto diz é que os anjos não podiam ver Deus, pois suas asas cobriam seus rostos, mas Isaías podia vê-lo. O louvor dos anjos também não chegava a Deus, pois eles comentavam entre si. Mas as palavras de louvor de Isaías chegaram.
Mas quais foram as palavras de Isaías?
Deus o ser infinito, tem toda a glória. Nossas palavras de amor, ou de glorificação, de adoração, não imputam maior glória ao nosso Deus, Ele continua com a mesma glória infinita. Quando falamos do amor de Deus, o amor que falamos é infintamente menor do que o amor real de Deus. Deus agiu em relação a Isaías porque a palavra de Isaías foi: "Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos."
Nesse momento os anjos tocaram seus lábios com uma brasa. Imagino eu que Isaías pensou naquela hora que fosse morrer, mas ao contrário ele foi perdoado de todo o mal.
Ele teve uma leve noção da grandeza de Deus e viu o quanto era pequeno e nesse momento teve temor a Deus.
O maior louvor que podemos dar a Deus é o nosso arrependimento, que somos pequenos demais e reconhecimento de que Deus é o único e grandioso Deus. Nossas palavras são pobres para defini-lo.
Deus olha para nós quando nos arrenpedemos e nos dá uma nova chance, como a chance do príncipio.
Deus não está esperando de nós a perfeição para cumprir seu ministério, ou qualquer que seja seu propósito, mas espera nosso arrependimento e assim ele nos dá a condição de fazê-lo.

"Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim."

Ficarmos cantando, apenas, dizendo um monte de coisas para Deus não adiciona maior glória a Ele. Mas se arrepender sim o faz agir em nosso favor e isso sim, demonstra a glória do Senhor.

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