terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Você ama a Deus?

Um maravilhoso texto que fez meu início de noite mais feliz!

Ricardo Gondim

Você me perguntou se eu O amava. Sim. Não hesito: amo a Deus com o que me resta de força, intuição e siso. Confesso não compreender o significado real desse verbo. Como soletrar amor? Como posso amar quem nunca vi? O que conheço de Deus para dizer tal coisa? Para piorar, nada sei sobre o amor.

Mas meu amor por Deus, por algum motivo, se alastra em minha alma. Saí das formulações categóricas a seu respeito. Desdenho das descrições metafísicas de uma filosofia medieval, do rigor dos catecismos beligerantes, das lógicas fundamentalistas. Empolgo-me com Deus porque já não o percebo com objeto de estudo. Ele não está lá, em algum recôndito espiritual, transcendental, paradisíaco, nirvânico, esperando ser adulado, pesquisado, definido. Percebo Deus na vida, com tudo o que ela tem de beleza e de horror. Vejo Deus nos verdes matizados da floresta, no vigor dos mares, na poeira que a bruma espalha, nas mudanças bruscas do tempo. Eu o intuo também nos rostos sofridos, nas festas alegres, nas derrotas desesperadas e nos triunfos espetaculares.

Meu amor por Deus, não sei explicar, enraíza-se em minha alma. Quebrei as réguas legalistas da religião, elas sobrecarregavam meus ombros; eram jugos que me azucrinavam. Eu vivia com paranóia. Não o tenho como o Grande Olho, que tudo vigia e tudo cobra. Despedi o Deus intolerante com as inadequações, iracundo com os tropeços de homens e mulheres que, apesar de tudo, lutam pela vida. Diante de olhos paternos, tabus e interditos abrandaram, culpas infundadas e autocomiseração manipulada enfraqueceram. A religiosidade da sofreguidão empoeirou-se em minha alma. Rasguei as cortinas que só vazavam a luz mortiça de um mundo espiritual cruel. Adornei o tabernáculo da minha espiritualidade com vitrais coloridos. Convidei músicos. Recitei poesia. Quero transformar meu culto em festa.

Meu amor por Deus, com segurança, se intensifica. Aprendi que ele não é um títere. Tardei, mas aceitei que a história não está escrita e selada. Resignifiquei a liberdade como desafio para a responsabilidade. Voltei as costas para a Divindade que atropela, misteriosa, que esconde desígnios, que manipula fatos e que usa as pessoas para satisfazer projetos gloriosos. A linguagem hermética da teleologia, os paradoxos da teodicéia, o anacronismo da doutrina da predestinação sumiram da minha rede de sentidos. Sinto-me livre para relacionar-me com o Dançarino. Ele me convida para ser seu par na valsa do grande baile universal.

Meu amor por Deus, agora sei, tornou-se mais inspirado. Distancio-me de chavões, reluto contra os clichês que já usei para me convencer de convicções que nunca possuí. Ciente de meus sentimentos irregulares, eu me escondia na linguagem piedosa. Ah, como tentava ostentar o que não era. Assumi a fragilidade de minhas certezas. Engatinho na leveza dessa relação com o Amigo mais chegado que um irmão. Reconheço que em determinados momentos meu amor não passa de puro sentimentalismo - que também se mistura com militância e racionalidade. Sou assim, mas eu me sinto sinto liberto e feliz de saber que aprendo a amá-lo do meu jeito, sem despersonalizar-me.


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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Face à Face

A poesia e música do Stênio Marcius tocam o meu coração e alma de uma forma indescritível. Deus concedeu o dom aos poetas de expressar o que os homens comuns jamais conseguirão. A nós, resta apreciar a poesia e deixá-la ecoar no vazio da alma.
Essa música abaixo (ainda não sei se ele gravou), teve a letra posta em seu blog (link em eu "recomendo").
Não vejo a hora de encontrá-lo e pedir pra ele tocar essa obra-prima. Tenho certeza que essa música significa muito pra ele!


Eu vou impedir a Tua partida
Se Tu não me abençoares agora
Tu sabes a quantas anda minha vida
Como é atrapalhada a minha história
Já faz tanto tempo que eu luto Contigo
Eu trago as marcas de intensa refrega
Ataques, defesas, momentos de trégua
Eu quero me render a Ti, não consigo...

Em casa eu deixei pegadas sombrias
E trouxe a dor de ferir quem se ama
No fundo do peito a alma reclama
Viver por si mesmo só traz agonia
O sol tá nascendo e queres partir
Se Tu me deixares não tenho onde ir
Ferido que estou Te abraço mais forte
Refaz minha vida, me dá outra sorte

Já que em Graça me permites
Que eu na força do meu braço
Lute e implore pra que fiques
Pois que vença o mais fraco

Vi Teu rosto face à face
Tudo em mim então renasce
Saio torto, ando de lado
Mas por dentro vou curado!

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Humanitária, nunca humanista

Esse texto do pr. Ariovaldo Ramos é maravilhoso. Entendê-lo é libertador e nos torna mais gratos a Deus por sua Graça! Aproveitem:


por Ariovaldo Ramos


A fé cristã é humanitária e não humanista. O humanismo acredita na bondade intrínseca do homem; já a fé cristã afirma que o homem é mau e constantemente mau o seu desígnio.

Quando a raça humana caiu, tudo o que permaneceu de bom nela é fruto do ato divino de emprestar, aos humanos, algo dos seus atributos comunicáveis.

Ao rompermos com Deus escolhemos ser o oposto dele, logo, escolhemos a maldade como estilo de vida.

Agora, como Deus é o lugar onde vivemos, nos movemos e existimos, ao rompermos com Deus, deveríamos ter deixado de existir, uma vez que fora de Deus nada existe ou pode existir.

Então, ao rompermos com Deus dois milagres aconteceram conosco: 1 – fomos mantidos na existência, logo, fomos mantidos em Deus; 2 – algo da bondade de Deus foi depositada em nós, de modo que, embora optando pela maldade, continuamos a saber e fazer o bem de várias maneiras.

Essa possibilidade do bem, em nós, não é mais intrínseca à humanidade, é fruto desse depósito de bondade de Deus em nós. Assim, na mesma medida em que não acreditamos que os seres humanos sejam capazes de, por si mesmos, fazer o bem, acreditamos que vale a pena investir na humanidade porque algo da bondade de Deus lhe foi emprestada. O que torna possível a pessoas que não amam a Deus amarem o próximo.

A fé cristã é humanitária, acredita que investir no bem da humanidade vale a pena, porque a bondade de Deus está atuando na humanidade e pela humanidade.

A fé cristã não se ilude com a humanidade, mas, ao mesmo tempo, não perde a esperança na humanidade.

A fé cristã luta pela humanidade porque sabe que essa é a luta de Deus.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vivemos ávidos de felicidade

Ricardo Gondim

Ébrios, buscamos a felicidade; encarnamos personagens pascalinos – “Até os suicidas se enforcam na ânsia de serem felizes”. Os parachoques de caminhão ensinam que "dinheiro não traz felicidade". O contrário, menos popular, também é verdadeiro: Esmolamos qualquer dinheiro para ser felizes. A felicidade ganharia qualquer concurso como padroeira última e maior da existência.

Por anos imaginei que bastaria professar a fé cristã para, automaticamente, encontrar um Nirvana de delícias. Contudo, aprendi, ao longo dos anos, que muitos cristãos, na verdade, nunca experimentaram nenhuma nesga do Paraíso.

Aliás, já deparei com não cristãos gozando uma vida mais ajustada, mais redonda, mais plena do que muitos piedosos. Pastores e sacerdotes deveriam ser mais claros e avisar: A fé cristã não significa felicidade automática.

Há pouco, ouvi um programa evangélico alardeando: “Se você passa por dificuldades, se tem tribulação, basta dizer sim para Jesus e será feliz”. Sem gaguejar, o pregador declarou: “Deus está à sua disposição. Ele quer lhe tirar do sufoco". Depois emendou: “Repita a oração que eu garanto, sua vida será transformada em um piscar de olhos”.

Basta uma semana em qualquer comunidade evangélica para constatar que não acontece assim. Inúmeros convertidos lutam contra miséria em periferias urbanas. Os mais favorecidos não entendem o porquê de mesmo com folga financeira continuarem angustiados, apavorados, sufocados por dívidas no cartão de crédito, ansiosos, irritadiços, insones e nervosos. A pregação, “se converta e você será feliz” é tão falsa quanto um diamante vendido por vinte dólares.

Vida abundante não se acha, é construída. No Sermão da Montanha, os bem-aventurados são chamados de "felizes" não porque passaram por uma experiência mística ou esotérica, mas como resultado do jeito que vivem.

Felicidade não cai do céu. Não vem de fora para dentro, mas flui de dentro para fora. Anjos não brindam as pessoas com alegria. Na cartilha de Jesus o caminho é outro. Buscar o reino de Deus e sua justiça faz brotar os ingredientes que geram felicidade. Para ele, felicidade nunca é estação, mas maneira de viajar.

Eis o motivo porque ser feliz parece difícil. Os caminhos que conduzem a um patamar mais excelente passam por ações pouco atrativas. Quem se arrisca preferir os outros ou esvaziar-se do sonho de virar um semideus? Humildade, indisposição para a arrogância são o contraponto do Evangelho. Daí: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”.

Cristo foi diretivo: “Aprenda a chorar”. Paradoxal ao mundo, felicidade tem a ver com sensibilidade, ternura, fragilidade. Por isso: ”Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”.

Também insistiu em um tema pouco popular: “Queira ser manso”. Jesus entendia que mansidão significa abrir mão de reivindicar prerrogativas egoisticamente; significa desistir de querer sempre ganhar. Por isso: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”.

Cristo indicou o código para uma mente tranquila. “Atreva-se a amar o que é digno”. Os que almejam a felicidade devem, em todos os atos, fazer sempre a pergunta: “Será que isto é justo?”. Para ele, quem ama a justiça e nutre um desejo enorme de vê-la praticada, será feliz. Então: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos”.

As palavras de Jesus ainda ressoam: “Queira ser misericordioso para com os fracos, paciente com os que não conseguem alcançar seu padrão e compreensivo com os que se atrasam, fracassam e tropeçam em seus próprios erros”. A atitude empática para com os derrotados desemboca na felicidade. Tal pessoa encontrará compreensão no dia em que precisar, portanto: “Bem-aventurados os misericordiosos porque eles encontrarão misericórdia”.

Jesus convocou seus seguidores a serem coerentes: “Busque ser limpo de coração”. Não permita sombras, caminhos dobres, torpeza, hipocrisia, falsidade ou dolo. Para ele, quem vive uma vida honesta, será feliz. E sua declaração chegou às raias da mais esplêndida ousadia: “Bem aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus".

Jesus incentivou a concórdia e ordenou que se promovesse a paz: Não seja agente de cizânias, jamais catalise ódios, não suscite a vingança e nunca espalhe dissensão. Reconcilie os que se odeiam, reuna os diferentes, promova o amor e você será feliz. Daí o texto: “Bem aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus”.

Ele aconselha a seus seguidores que sejam pessoas de idéias nítidas, convicções sólidas, pontos de vista verdadeiros. Se essa postura trouxer o ódio alheio e se sua fé não for bem aceita, continue, a história premiou todos os que se comportaram assim. Os claudicantes, os pusilânimes, os covardes jazem nos armazéns do Hades. Ninguém lembra o opressor, os perseguidos são lembrados. O texto reza: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”.

Felicidade não é circunstancial, ponto final.

Soli Deo Gloria

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domingo, 11 de outubro de 2009

Rio 2009

Após o conto de fadas do Rio 2016, voltemos ao Rio 2009:



Via Blog do Juca Kfouri

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Doações de evangélicos superam R$ 1 bi por mês

Com mais adeptos, a Igreja Católica arrecada menos dinheiro, que tem como um dos destinos as campanhas politicas, segundo especialistas

Márcia Vieira

As igrejas evangélicas no Brasil recolhem por mês entre seus fiéis mais de R$ 1 bilhão - precisamente R$ 1.032.081.300,00. A Igreja Católica, que tem mais adeptos espalhados pelo País, arrecada menos: são R$ 680.545.620,00 em doações. Os números estão na pesquisa sobre religião realizada pelo Instituto Análise com mil pessoas em 70 cidades brasileiras.

Entre os evangélicos, as igrejas que mais recolhem são as pentecostais, como a Assembleia de Deus, e neopentecostais, como a Universal do Reino de Deus. Seus cofres engordam mensalmente com doações que chegam a quase R$ 600 milhões. Cada fiel doa em média R$ 31,48 - mais que o dobro das esmolas que os católicos deixam nas suas paróquias (R$ 14,01).

Os evangélicos não-pentecostais, chamados de históricos (presbiterianos e batistas, por exemplo), são os mais generosos. Doam em média R$ 36,03, o que dá um faturamento mensal de R$ 432.576.180,00 às igrejas.

E para onde vai tanto dinheiro? Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, aposta que os políticos são um dos destinatários. "Parte desse dinheiro é usada para financiar campanhas. É só reparar no aumento dos candidatos evangélicos e no fato de os não-evangélicos cortejarem as igrejas nas campanhas."

A pesquisa mostra que o número de católicos continua em declínio. No Censo de 2000, eram 73,77% da população ante 15,44% de evangélicos. Nessa pesquisa, o número de católicos caiu para 59% e o de evangélicos subiu para 23%. "Ou seja, dois em cada dez brasileiros são evangélicos", diz Almeida.

O cientista político Cesar Romero Jacob, autor do Atlas da Filiação Religiosa e Indicadores Sociais no Brasil, se diz surpreso com a queda de "15 pontos porcentuais" no número de fiéis da Igreja Católica. Mas não tem dúvida sobre a força dos pentecostais e neopentecostais no voto do brasileiro.

Depois de analisar o mapa eleitoral das últimas cinco eleições presidenciais constatou que Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva usaram a mesma estratégia para vencer. Nos grotões do Nordeste, fizeram aliança com as oligarquias. Nas periferias, acordos com pastores e partidos populistas. "O debate político é intenso sobretudo na classe média das grandes cidades. Nos grotões e na periferia o que funciona é a máquina. Seja ela das igrejas pentecostais, dos populistas ou das oligarquias."

Figura polêmica, o Bispo Macedo, fundador da Universal do Reino de Deus, é conhecido pela maioria dos brasileiros. Mas sua imagem não é das melhores. Para 70% dos entrevistados, "ele usa o dinheiro da Universal para enriquecer". Entre os próprios evangélicos, 57% têm essa impressão. E 18% dizem que "ele é bom e tudo o que faz com o dinheiro da Universal é para o bem de seus fiéis".

A pesquisa mostra que a estratégia de recolher doações funciona muito bem, sobretudo na Universal. "Os pastores falam de dinheiro o tempo todo", constata a antropóloga Diana Lima, do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio, o Iuperj. "Além do dízimo, os fiéis são estimulados a fazer propósitos com Deus e pagam por isso."

O Bispo Macedo, que responde a processo criminal por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, levou ao máximo a Teologia da Prosperidade, criada por americanos no início do século 20. "A relação com Deus é de contrato. Não se espera a salvação para depois da morte. O que interessa é o aqui e agora", analisa Diana, que há cinco anos frequenta cultos, para entender o que move uma pessoa pobre a doar o pouco que tem para Macedo e seus pastores.

Diana defende a tese de que a Universal estimula o empreendedorismo dos fiéis. "Não é aquele negócio de pedir uma casa a Deus e ficar esperando que caia do céu. Não. Eles querem oportunidades. E sobretudo não querem mais ser humilhados."

Ela destaca que os pastores falam muito nisso. "Quem tem dinheiro se locomove confortavelmente no seu carro, não passa pela humilhação de andar no trem." O discurso se baseia na lógica do dinheiro. "Os fiéis investem agora, dando dinheiro à igreja nesse acordo com Deus, para ter o lucro lá na frente."

Diana comprovou que os fiéis não se incomodam com o enriquecimento dos pastores. "Uma das explicações é que o pastor está num lugar santificado. Então, faz sentido estar economicamente bem." Quando ouvem acusações de desvio de dinheiro, como a que levou o casal de bispos Estevam e Sonia Hernandes, líderes da Igreja Renascer, para a cadeia, preferem não julgar. "Os fiéis acham errado, mas defendem que cada um tem de se preocupar com seu compromisso diante de Deus. Isso não desautoriza a igreja."

Para Diana, os fiéis aprovam o uso político do dinheiro doado. "Acreditam que o Brasil está perdido. Que as drogas, o alcoolismo, a violência são coisas do mal. Portanto, ter na condução da sociedade alguém alinhado com a palavra de Deus é bom", explica. "Logo, precisam ter representação política."

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domingo, 4 de outubro de 2009

Alguém ao seu lado para caminhar...

Tive uma semana intensa e duríssima. Semana de no mínimo 12 horas de trabalho diário que somadas a pelo menos 3 horas diárias no trânsito e os diversos conflitos que precisei encarar me fizeram chegar ao final de semana um verdadeiro "bagaço".

Percebi que mesmo aos 27 anos de idade o corpo tem seus limites. A pressão arterial subiu e as noites de sono foram extremamente inquietantes.

Após um sábado de puro ócio e desanimo as nuvens nubladas abriram o meu domingo. Nessa hora percebi que precisava de ajuda. Acordei e orei, ainda sonolento, e em pensamento: Deus, me ajude!

A resposta estava mais perto do que eu esperava. Na verdade, a resposta, esteve ao meu lado todos esses dias. Como um anjo ela se preocupou comigo durante toda a semana, preparou-me o alimento, escolheu frutas frescas para eu levar para o trabalho, me amou com seu amor simples e dedicado. Após essa minha prece, decidi caminhar no parque. E ao meu lado... lá estava ela. No decorrer da caminhada, veio o desabafo, e a tudo ela ouvia atentamente, entendendo que aquela atenção era um bálsamo de cura para quem precisava apenas desengasgar tudo que se passou naquela semana.

Nessa hora lembrei de um texto que está no livro de Provérbios, capítulo 5: Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente.

Agora aliviado, agradeço a Deus por essa pessoa tão especial em minha vida. Minha Verdade (Aleteia, o nome do meu amor, significa verdade em grego) que só pelo fato de caminhar ao meu lado me faz ser feliz.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Silvestre Kuhlmann

Falar do Silvestre é fácil. Seu talento é precioso. Sua poesia e música são divinas.
Mas para quem o conhece, o que mais marca é a sua simplicidade. Passe um dia com ele e você refletirá sobre seus valores e conceitos.
Um grande amigo que através de sua poesia e canção me fala verdades profundas! Vale a pena assistir:



Vídeo: Programa Plataforma

Ontem conheci Eduardo…

Para refletir e chorar...

Sandro Wagner

Uma Nação que olha para baixo!

Sim, ontem conheci Eduardo. Um rapaz de 32 anos de idade, negro, soropositivo e completamente desnutrido. Não tenho como dizer a altura dele, pois de tão debilitado ele não conseguia mais se levantar. Ele estava caído, jogado em cima de pedaços de papelão e coberto por um cobertor sujo. Estava ali há mais de 24 horas. Ele havia chegado numa cadeira de rodas que foi roubada na madrugada por dois homens bêbados. Eles o jogaram no chão e sem dó – por pura e insana “diversão” – roubaram a cadeira de um homem que mal tinha força para falar.

Eduardo estava sozinho, sem família para o ajudar em seus momentos finais. Haviam alguns desconhecidos querendo ajudá-lo a ter a dignidade perdida, mesmo que no momento de proximidade com a morte. Aquele rapaz estava jogado a própria sorte, enquanto muitos passavam como se nada estivesse acontecendo.

Por pura pressão e misericórdia, foi chamado o pessoal que trabalha com Assistência Social da prefeitura. Chegaram e verificaram o quadro. E com olhares perdidos e tristes atestaram a falência do municipio: Não podemos fazer nada! Porque? Os abrigos só tem vagas para quem pode “se virar sozinho”, portanto Eduardo não era um caso social, mas médico!

Chamamos os Bombeiros. Para nossa surpresa eles já tinham vindo mais cedo ver o estado daquele homem quase moribundo. Ao ser perguntado qual seria a melhor solução para aquele homem, o médico bombeiro preferiu discursar antes sobre seu curriculo acadêmico e afirmar que era cristão. Fiquei boquiaberto diante de tal início de conversa. Depois de falar sobre sua vida acadêmica e religiosa, o médico disse que o caso de Eduardo não era caso médico, mas social. E para me deixar ainda mais boquiaberto, o médico confessou que se levasse o rapaz para um hospital e os médicos verificasem que o caso dele fosse somente internação o pessoal do plantão “viria com sete pedras nas mãos para cima de mim”. E não era o caso de manchar o curriculo deste bravo médico dos bombeiros, né? Afinal Eduardo não lembrava nem o nome da mãe, nem sua data de nascimento e que era um cidadão brasileiro! Cidadania? Pra que? Ou pra quem?

Então chegou a SAMU e instaurou-se um caso ainda mais particular: o pobre Eduardo estava deitado, cheio de dores. E em estado total de esquecimento que ele era um ser humano e merecia cuidados. Ao redor dele estavam representantes do município(Assistencia Social da prefeitura), do Estado(Bombeiros) e Federal (Samu), que em uníssono cantavam a canção do descaso: um jogava a vida e cuidados do Eduardo para o colo e incompetência do outro.

Na porta da SAMU havia uma inscrição: BRASIL, UM PAÍS DE TODOS.

Será que o soropositivo, negro e abandonado Eduardo merecia este país? Um Brasil? UM PAÍS DE TODOS? Pude verificar isto na realidade, ali mesmo nas ruas. Ali eu vi o ESTADO petrificado em decidir se o caso daquele moribundo rapaz era SOCIAL ou MÉDICO! Percebi de forma inconteste, que o problema não era o pobre Eduardo, mas de um país hipócrita! Onde prefere-se que a resolução destes miseráveis seja a chegada de um rabecão e o pessoal do IML. Para que dar vida e cuidados ao Eduardo? Afinal, vai ser jogado novamente nas ruas! Esta é a lógica de um soberano e impávido colosso! Fechamos os olhos para casos de Eduardo, assim como fazemos o mesmo com Sarneys e afins.

Ficamos ali, observando até o fim: decidiram levar o rapaz para o hospital.

Então Eduardo abriu sua boca e falou algo que demonstra que ele sabe como é o descaso com o doente pobre neste país:
“Vocês vão me levar para o hospital pra que? Os médicos vão me jogar na rua de novo. Não vão me atender de novo!”

Ficamos duas horas de pé velando e pedindo a Deus que desse o mínimo de dignidade aquele homem quase moribundo. Ouvir da voz de um homem em estado final que lhe esta sendo negado a dignidade e cidadania me fizeram explodir num choro que a muito não tinha. O choro de ver que este país é feito de fatos como estes TODOS os dias e a nação esquece que isto acontece! Seja no futebol ou carnaval! Vivemos anestesiados, sorrindo de não sei o que.

Quantos Eduardos terão que morrer para que este Brasil volte a ter um coração de carne e sangue pulsando?

Comecei a lembrar dos homens que roubaram a cadeira de rodas do Eduardo. Que sairam rindo e gritando pela rua. Não estavam nem ai para o moribundo, mas viam somente a oportunidade de se divertir com a cara do rapaz. E pensei na hora: As intituições de saúde e assistencia social tem feito muito bem o seu papel de roubarem cadeiras e dignidades de tantos seres humanos abandonados pela vida e que moram nas ruas. Passam de Kombi ou ambulâncias por eles e o som das sirenes se parecem muito com as risadas dos bêbados ladrões de cadeiras de roda.

Deus um dia terá um encontro com esta Nação e isto me faz gelar. Os olhos de Deus estão atentos. E a igreja continua numa grande letargia. Até quando calaremos o som dos gritos dos miseráveis? Não podemos mais agir da mesma forma!

Deus tenha misericórdia de todos nós
!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A violência da religião

Ao ler essa troca de e-mails entre o pr. Caio Fábio e uma moça, lágrimas vieram aos meus olhos. Não quero acreditar que isso é verdade... não tenho fé para suportar isso. Se tiver "estomago fraco" não leia.
Com tudo o que está acontecendo com essa moça ver que ela não abre mão de Jesus é simplesmente confortador. Graças a Ele ela está sendo amparada e que esses cretinos (para não usar palavra pior) sejam presos e reflitam no que estão fazendo, pois se continuarem assim o inferno os aguarda.

Caro Pastor,

Gostaria de agradecer seu amor e atenção a minha pessoa no seu site. Bem sei que este amor não foi diretamente para mim, mas sinto como se fosse.
Com sua licença, venho pedir mais uma palavra sua, por pequena que seja, para que eu tenha uma direção de como agir.
Fui católica por muitos anos, do batismo à crisma, fiz tudo de acordo com a doutrina católica. Perdi meus pais em um acidente e me afastei na igreja católica.
Fiquei muito deprimida, perdi semestre na faculdade, até que uma amiga me levou a uma denominação evangélica.
Lá encontrei palavras doces, carinho, atenção.
Comecei a ler a Bíblia e também comecei a questionar certas coisas que eram ensinadas na igreja... Contudo guardava isso em meu coração. Quem era eu para contestar o pastor?
Depois de um ano, conheci um seminarista da mesma denominação, mas de outra congregação... Ele falou comigo para namorar... Fui sincera e disse que só sentia amizade por ele. Passados alguns meses, durante os quais minha amiga e o pastor da igreja sempre me aconselharam a aceitar o namoro... porque ele seria um excelente rapaz..., cedi.
Iniciamos um namoro. Tudo era normal.
Certo dia, um amigo da faculdade conversando comigo sobre religião me prometeu um DVD que abriria meus olhos sobre o assunto.
No dia seguinte ele trouxe...

O DVD era seu... Falava do império das trevas.

Chocada, paralisada, abismada, assisti com atenção, e entre muitas lágrimas ouvi tudo o que o senhor falava.

Algumas dúvidas que guardava em meu coração quando iniciei a ler a Palavra, foram esclarecidas e o senhor foi muito mais além!
Aquelas palavras mudaram por completo minha vida e me fizeram não querer mais ir à denominação, mas viver o evangelho da graça.
Fui falar com meu namorado e aí começaram os problemas.
Com amor e cautela expus a verdade a ele. Pedi que assistisse o DVD comigo... Infelizmente ele tem verdadeiro ódio a sua pessoa.
Depois de uma briga, terminei o namoro.
O pastor e minha amiga da denominação me ligaram muito para que eu voltasse atrás. Falaram barbaridades sobre sua pessoa. Eu mantive minha decisão.
No mês passado meu ex-namorado me telefonou pedindo para conversarmos. Marcamos o encontro. Novamente ele tentava me convencer a voltar à denominação e esquecer tudo que vi e ouvi no DVD, dizendo ser doutrina maligna.

Começou outra briga que terminou em um estupro...

Ele me bateu e me estuprou...

Foi embora e me deixou ferida em todos os sentidos...

Pensei que ia morrer tamanha dor e vergonha.

Fui socorrida por uma amiga...

Fiquei um tempo na casa dela...

Depois que fui tratada e conseguia sair de casa, fui ao pastor dele contar o que aconteceu. Ele me mandou perdoar e esquecer. Disse que um cristão não denuncia outro cristão e que se eu resolvesse denunciar, eu estaria me arriscando.
Chocada eu me calei e resolvi ficar quieta.
Agora descobri que estou grávida... E já não sei o que fazer!

Não tenho a menor condição financeira de ter esse filho além de não ter condições psicológicas para ser mãe.
Não durmo quase nada. Não consigo me alimentar. Tenho pesadelos com ele.

Amado, que devo fazer?
Minha amiga que me levou a denominação me disse que ele quer voltar a namorar comigo e esquecer tudo...; e até casar.
Como posso casar com ele?

Devo casar só para ter condições de criar meu filho?
Desculpe se para o senhor minhas duvidas forem tolas, mas já não sei o que pensar.
Como um homem que diz ter chamado para ser pastor pode fazer algo assim?
Como ele pode pregar a Cristo depois de ter feito o que fez comigo?
Às vezes tenho vontade de denunciá-lo a Policia. Outras vezes penso em tudo que vou passar com essa denuncia e prefiro me calar...
Caro pastor, me ajude... Já estou quase a desesperar da vida. Não tenho ido à faculdade... Estou isolada em casa. Sinto-me só e perdida!
Obrigada mesmo que não venha a responder esta carta.
Que Jesus sempre seja com seu espírito.
Fique na Graça e na PAZ
Com Carinho e gratidão,
___________________________________

Resposta:

Minha querida filha: Graça e Paz!

Primeiramente devo dizer que sempre que ouço uma história assim... a vontade que me dá é a de “pagar uma visita” ao estuprador e empalá-lo...

Sim, numa estaca!...

Uma estaca para o seminarista estuprador na porta do Seminário, ou, no caso, do Sêmenario...

A religião é assim... O DVD está provado... Sim, eles provam que o que digo é verdade...

E mais:...

O que você acha que pode ser mais Império das Trevas do que isso?...

Sim, não é a mesma treva do Senédrio, dos sacerdotes que em nome de Deus e contra a heresia assassinavam e estupravam em nome da Ortodoxia?...

Eu sou diabo porque prego o Evangelho... A mim eles denunciam como herege... A mim eles proíbem você de ouvir... Sobre mim vale dizer tudo, até matar com palavras... Mas, enquanto isto..., o seminarista que odeia..., que vive de raiva..., que faz violência..., que é covarde e frouxo como uma dondoca..., estupra você em nome do ódio que sente por mim e em nome do direito diabólico que ele sente que tem sobre mulheres fracas no corpo, embora milhões de vezes melhor de cabeça do que ele...

O que fazer?...

Primeiro acho que você deve de fato procurar um advogado e contar a história... Você tem testemunhas... Você pode provar... Você tem o DNA dele em você... Sim, ele tem que ser tratado conforme a Lei. Ele não pode estuprar pessoas e pedir que o pastor peça que não se dê queixa...

Um cristão não estupra outro cristão!...

E nem precisa ser cristão, é claro. Basta ser gente. Gente não estupra gente. Quem faz não é...

Além disso, no próprio processo, demande logo o reconhecimento do seu filho, não para convívio com o “pai/estuprador”, mas para que o estuprador assuma mais essa responsabilidade; que é dele!...

Tenha seu filho...

Não jogue o filho fora por causa de um pai que não é pai..., embora você seja mãe, e ainda venha a aprender muito sobre a benção de ser mãe.

Casar com ele?... Para ter comida?... Não! Jamais!

Sei que você está apavorada e sozinha...

Por isto peço que me diga onde mora, pois, quero enviar gente de Deus para estar com você...

E mais: quero ajudar você a ter seu filho!

Portanto, me diga onde você mora...

O que você deve fazer contra o Sêmenarista não é vingança, é justiça da vida...; e mais: é precaução já..., posto que esse bandidinho tenha que aprender com quantos paus se faz uma cangalha...

Deixa-lo sem disciplina legal é estimular o monstro nele...

Mas não tema...

Creia: você não ficará só...

Apenas nos diga onde mora e faremos tudo para estar ao seu lado, agora..., durante..., e depois do seu filho nascer.

Creia: você não está só!...



Nele, que ama você e seu filhinho, e que não o conta como filho de uma violência, mas sim de uma filhinha Dele cheia de amor e fé,

Caio

15 de setembro de 2009

Lago Norte

Brasília

DF
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----- Original Message -----

From:

To: contato@caiofabio.com

Sent: Wednesday, September 16, 2009 7:59 AM

Subject: Como agir segundo Jesus?

Amado Pastor!

Paz seja contigo e toda sua casa!
Com muita alegria vi sua resposta. Confortou meu coração.
Minha noite foi em claro, são 7:20h da manhã e não dormi um segundo.
A resposta a minha carta que foi postada em seu site, repercutiu muito.
O pastor da denominação leu e identificou que a moça sou eu. Ele e o meu ex vieram aqui em minha casa ontem à noite e me fizeram ameaças.
Disseram que eu jamais me sairia bem dessa... caso fosse à Polícia... e tivesse a sua ajuda. Disseram também que eu devia me preocupar com minha saúde e a do meu filho... porque acidentes podem matar a mãe e o filho que ela carrega no ventre. Disseram que o senhor só quer desmoralizar as igrejas evangélicas, e que eu daria a faca e o queijo em suas mãos caso levasse o fato à Polícia.
Depois que eles foram embora, meu telefone não parava de tocar; minha amiga da denominação também veio a minha casa... Enfim a noite foi em claro e repleta de ameaças.
Estou na casa da amiga que me socorreu no dia da violência. Ela é o meu "anjo da guarda"... Está me dando colo e atenção.

Estamos providenciando minha mudança. Vou viajar para casa de parentes dela no interior... Também tenho a opção de me mudar para dois outros lugares...
Enquanto isso não acontece, não vou voltar mais sozinha para minha casa... Ficarei escondida... Só voltarei a minha casa acompanhada e para resolver tudo da mudança.
Vou trancar minha faculdade, pedir demissão do meu emprego, vender o pouco que tenho aqui, entregar a casa à proprietária e mudar dessa cidade...
Hoje vou saber como proceder... Quero saber como denunciá-lo e manter minha integridade física e a do meu filho. Temo sim pela minha segurança... Eles são de uma denominação rica e muito influente em todo o Brasil.
Jamais jogaria meu filho fora... Nunca passou em minha mente cometer aborto. Mesmo no desespero de não ter como criá-lo (meu salário é R$625,00), nunca iria deixar de acolhê-lo e tentar criá-lo de acordo com o evangelho que o senhor me apresentou.
O evangelho que me salvou da dor, dos medos, das culpas, do "deus" vingativo e malvado que os religiosos me apresentaram.
Hoje estou convicta que Jesus me ama e também ama o fruto de meu ventre. Sei que esse fruto foi gerado por Ele com muito amor, e esse amor que quero transmitir ao meu filho desde agora que ele está em meu ventre, até o fim dos meus dias.
Tenho fé que Jesus me ajudará, ou melhor, já esta me ajudando com seus conselhos amorosos e com essa minha vizinha, que é um canal de graça na minha vida. Ela me tomou como uma filha e está me ajudando como jamais eu poderia agradecer!
Apesar de toda dor que esse rapaz me fez e esta fazendo passar, ele está perdoado e sempre estará em minhas orações. Espero que Jesus tire a cegueira da religião e traga sobre ele a luz do evangelho que nos livra de todas as trevas.
Ao senhor, amado pastor, meu muitíssimo obrigado, meu carinho, respeito e gratidão.
Espero um dia vê-lo... E que nesse dia eu esteja com meu filho nos braços!...
Que Jesus sempre seja com seu espírito
Um beijo muito carinhoso.
Sua filha que muito te ama,

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Resposta:


Minha filha querida: Graça e Paz!


Há várias pessoas se oferecendo para ajudar você, e, de modo muito especial, um casal de amigos de São Paulo.

Vi, entretanto, que o amor de Deus a cercou de anjos...

Louvado seja Deus por isto!

No entanto, relembro a você que seja em que direção for..., você tem meu compromisso de que não estará só em nenhum processo... no qual humanamente possamos estar ao seu lado.

Portanto, acione-nos conforme lhe seja melhor..., se for o caso.

Eles estão dizendo que quero desmoralizar a “igreja evangélica”...

Meu Deus! O Sêmenarista estupra, o pastor esconde, as crentes aconselham a deixar pra lá..., ameaçam..., e, depois, eu é que quero desmoralizar a “igreja evangélica”!?...

Essa “igreja” que eles defendem e apresentam a você não existe para Deus, posto que seja apenas uma confraria mafiosa...

Não os tema!... Sim, não os tema nem por um momento...

Pense nas alternativas que lhe dei na carta menor que lhe enviei hoje cedo... Todas estão à sua disposição...

Fique em paz... Sua libertação em Jesus não tem volta...

E mais: você está semeando grande fé, cheia de muita intrepidez e ousadia no Senhor!

Estou aqui. Você sabe.


Nele, com todo amor e respeito pela doçura de sua alma e pela firmeza de sua fé em Jesus,


Caio

16 de setembro de 2009

Lago Norte

Brasília

DF


Fonte: site Caio Fabio www.caiofabio.com

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A mais pura teologia!

Para quem gosta de Teologia, Sociologia e Ladrologia, assista esse vídeo e veja que maravilha. Será que ele tem razão?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Corra!

Eu sei que esse tipo de vídeo é editado para nos emocionar. Mas confesso que este é o sentimento que norteia minha alma atualmente. Corra! Que o Senhor nos mostre para onde.



Fonte: Genizah

Início

Alguns de nossos primeiros irmãos provavelmente frequentavam essa sinagoga. Realmente uma bela descoberta!

Arqueólogos encontram em Israel sinagoga da época de Jesus Cristo

Arqueólogos israelenses descobriram no domingo as ruínas do que eles acreditam ser uma das mais antigas sinagogas do mundo.

Segundo a arqueóloga Dina Avshalom-Gorni, as ruínas descobertas no norte de Israel são da época do Segundo Grande Templo de Jerusalém, entre os anos 50 antes de Cristo e 100 depois de Cristo.
O local das escavações, a praia de Migdal, na costa do Mar da Galileia, é citado tanto em escrituras judaicas quanto cristãs.



Menorá
Durante os trabalhos, os arqueólogos encontraram uma pedra gravada com uma imagem de uma menorá, o candelabro de sete velas utilizado em cerimônias religiosas judaicas.

A menorá é um símbolo do judaísmo de mais de 3 mil anos e também o emblema nacional de Israel. A imagem gravada na pedra encontrada nas escavações aparece em cima de um pedestal e ladeada por ânforas.

Segundo os arqueólogos, esta é a primeira vez que uma imagem de uma menorá é encontrada em uma escavação fora de Jerusalém.

Maria Madalena
A cidade de Migdal, sob o nome aramaico de Magdala, é citada nas escrituras cristãs como o local de nascimento de Maria Madalena, uma das mulheres que acompanharam Jesus Cristo e que depois foi tornada santa.

Segundo Avshalom-Gorni , é possível supor que a comunidade que seguiu Jesus na Galileia frequentava a sinagoga descoberta.


Fonte: Uol

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Tenho vergonha de mim.

Quando vi a declamação desse texto lembrei dos profetas do velho testamento.

Também tive vergonha de mim...


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Deus, muita e pouca ciência...

Texto bacana, retirado do blog Genizah (link em "eu recomendo"):


Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências.
O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimónia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio, com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu, cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba.
No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur, Director Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional de França.

"Um pouco de ciência afasta-nos de Deus. Muito, aproxima-nos". (Louis Pasteur)

Nota: Cartão de visitas - Facto verdadeiro, integrante da biografia, ocorrido em 1892!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Juca Kfouri, o agnóstico.

Sou fã do jornalista Juca Kfouri. Em tempos de miltons, flávios, chicos, osmars, netos e outros ele, junto com uma meia dúzia são um oasis em um deserto quando o assunto é jornalismo esportivo.

Hoje e na última semana, seu blog e sua coluna na folha tem repercutido uma coluna, escrita pelo mesmo, sobre o "merchan religioso" no futebol. Fiquei triste.

Não! Não fiquei triste por que ele se disse ateu e nem por que está "atacando" os atletas "de Cristo". Fiquei triste por ver o efeito contrário que a propaganda evangélica anda fazendo por aí.

Marcou um gol... foi deus! Foi negociado por milhões, foi deus também! Está em má fase, foi o diabo.

Ele considera a fé em Deus uma muleta.

Enquanto vivenciarmos uma fé desconectada da realidade humana, pessoas como o Juca, sempre olharão o evangelho de Cristo apenas com mais uma forma de prisão: a religião.

Seguem as duas colunas sobre o assunto. Se quiserem ler os comentários, cliquem no link do blog do Juca em "eu recomendo".


Na 'Folha' de hoje
JUCA KFOURI
Deixem Jesus em paz

Está ficando a cada dia mais insuportável o proselitismo religioso que invadiu o futebol brasileiro

MEU PAI , na primeira vez em que me ouviu dizer que eu era ateu, me disse para mudar o discurso e dizer que eu era agnóstico: "Você não tem cultura para se dizer ateu", sentenciou.
Confesso que fiquei meio sem entender.
Até que, nem faz muito tempo, pude ler "Em que Creem os que Não Creem", uma troca de cartas entre Umberto Eco e o cardeal Martini, de Milão, livro editado no Brasil pela editora Record.
De fato, o velho tinha razão, motivo pelo qual, ele mesmo, incomparavelmente mais culto, se dissesse agnóstico, embora fosse ateu.
Pois o embate entre Eco e Martini, principalmente pelos argumentos do brilhante cardeal milanês, não é coisa para qualquer um, tamanha a profundidade filosófica e teológica do religioso.
Dele entendi, se tanto, uns 10%. E olhe lá.
Eco, não menos brilhante, é mais fácil de entender em seu ateísmo.
Até então, me bastava com o pensador marxista, também italiano, Antonio Gramsci, que evoluiu da clássica visão que tratava a religião como ópio do povo para vê-la inclusive com características revolucionárias, razão pela qual pregava a tolerância, a compreensão, principalmente com o catolicismo.
E negar o papel de resistência e de vanguarda de setores religiosos durante a ditadura brasileira equivaleria a um crime de falso testemunho, o que me levou, à época, a andar próximo da Igreja, sem deixar de fazer pequenas provocações, com todo respeito.
Respeito que preservo, apesar de, e com o perdão por tamanha digressão, me pareça pecado usar o nome em vão de quem nada tem a ver com futebol, coisa que, se bem me lembro de minhas aulas de catecismo, está no segundo mandamento das leis de Deus.
E como o santo nome anda sendo usado em vão por jogadores da seleção brasileira, de Kaká ao capitão Lúcio, passando por pretendentes a ela, como o goleiro Fábio, do Cruzeiro, e chegando aos apenas chatos, como Roberto Brum.
Ninguém, rigorosamente ninguém, mesmo que seja evangélico, protestante, católico, muçulmano, judeu, budista ou o que for, deveria fazer merchan religioso em jogos de futebol nem usar camisetas de propaganda demagógicas e até em inglês, além de repetir ameaças sobre o fogo eterno e baboseiras semelhantes.
Como as da enlouquecida pastora casada com Kaká, uma mocinha fanática, fundamentalista ou esperta demais para tentar nos convencer que foi Deus quem pôs dinheiro no Real Madrid para contratar seu jovem marido em plena crise mundial.
Ora, há limites para tudo.
É um tal de jogador comemorar gol olhando e apontando para o céu como se tivesse alguém lá em cima responsável pela façanha, um despropósito, por exemplo, com os goleiros evangélicos, que deveriam olhar também para o alto e fazer um gesto obsceno a cada gol que levassem de seus irmãos...
Ora bolas!
Que cada um faça o que bem entender de suas crenças nos locais apropriados para tal, mas não queiram impingi-las nossas goelas abaixo, porque fazê-lo é uma invasão inadmissível e irritante.
Não é mesmo à toa que Deus prefere os ateus...  

Na 'Folha' de hoje
JUCA KFOURI
Jesus é uma farsa!

Como reagiriam aqueles que defendem o merchan religioso nos gramados se alguém vestisse a camiseta acima?
IMPRESSIONANTE como muita gente lê o que quer e não o que está escrito.
Fora, é claro, o preocupante analfabetismo funcional e a conhecida demagogia dos que pegam uma caroninha em tudo.
Houve quem visse tentativa do colunista em cercear a liberdade religiosa na coluna passada.
Desafia-se aqui quem quer que seja a demonstrar uma vírgula sequer neste sentido.
Reclamou-se, isso sim, da chateação que o proselitismo religioso causa em quem quer apenas ver um jogo de futebol, ao mesmo tempo em que se defendeu que cada um se manifeste como quiser nos locais apropriados.
Houve também quem não se lembrasse de ter lido aqui manifestações contra atletas que fazem propaganda de cerveja.
Para esses só resta indicar memoriol, porque não só são criticados os esportistas que fazem propagandas do gênero como, também, quem usa espaço esportivo para tal, seja ou não jogador.
E não me venha ninguém dizer que os tais atletas de Cristo são bons exemplos neste mundo de pecadores, pois basta olhar para Marcelinho Carioca e ver que as coisas não são bem assim.
E que fique claro que o colunista gosta, muito, de cerveja, assim como inveja os que creem, porque deve ser uma boa muleta para suportar as agruras da vida e para alimentar a esperança da compensação de uma vida eterna.
Posso garantir, no entanto, que nem mesmo nos momentos limites que já vivi apelei a alguma força superior que me salvasse.
E não foi para ser intelectualmente coerente.
Mas chega a ser divertido ver um político que tem crescido feito rabo de cavalo, para baixo, conhecido por sua homofobia, sinônimo de preconceito, querer dar lição de moral, como um obscuro ex-deputado federal, hoje apenas vereador, que buscou alguns votinhos adicionais ao entrar na polêmica.
Polêmica que rendeu coisa de 120 mensagens eletrônicas de leitores desta Folha para minha caixa postal, surpreendentemente a favor da coluna, coisa de 80%, embora índice compreensivelmente menor de aprovação do que nos quase 500 comentários no blog.
E aí é motivo de satisfação constatar que só a esmagadora minoria não é capaz de entender a ironia da frase "Deus prefere os ateus", usada no fecho da coluna.
Aos que pediram que a coluna se limite ao futebol, um aviso: não há nenhuma atividade humana que não possa ser relacionada ao futebol, razão pela qual o espaço seguirá sendo preenchido desse jeito.
Finalmente, uma ponderação óbvia: deixar o campo de futebol para que nele se dispute só o jogo acaba por proteger os fundamentalistas de algum herege que vista uma camiseta com os dizeres do título desta coluna, ali escritos apenas à guisa de provocação.
Já imaginou?
Seria uma delícia ver a reação dos que brandiram até a Constituição, que garante a liberdade religiosa, como se o colunista tivesse agredido seus princípios.
E, por falar em futebol, a coluna de amanhã será sobre a 15ª rodada do Brasileirão.

Até lá.

terça-feira, 28 de julho de 2009

A igreja que não existe mais!

Retirei os quatro artigos do site do Pr. Ariovaldo Ramos (link em "Eu recomendo"). O post ficou um pouco extenso, mas não dá para condensar sem perder conteúdo. Para quem repensa a fé nos dias atuais, vale a pena ler... e no final... pedir perdão.

A IGREJA QUE NÃO EXISTE MAIS (1)

“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” Atos 2. 43-47

Na época do surgimento da Igreja do Novo Testamento, a palavra igreja significava, apenas, uma reunião qualquer de um grupo organizado ou não. Assim, o texto nos revela que havia um grupo organizado em torno de sua fé (Todos os que criam estavam unidos) – todos acreditavam em Cristo.

Segundo o texto, os participantes do grupo do Cristo não tinham propriedade pessoal, tudo era de todos (tinham tudo em comum)– os membros desse grupo vendiam suas propriedades e bens e repartiam por todos – e isso era administrado a partir da necessidade de cada um; e se reuniam todos os dias no templo; e pensavam todos do mesmo jeito, primando pelo mesmo padrão de vida (unânimes); e comiam juntos todos os dias, repartidos em casas, que, agora, eram de todos, uma vez que não havia mais propriedade particular; e eram alegres e de coração simples; e viviam a louvar a Deus; e todo o povo gostava deles, e o grupo crescia diariamente. Diariamente, portanto, havia gente acreditando em Cristo, se unindo ao grupo, abrindo mão de suas propriedades e bens e colocando tudo a disposição de todos.

Essa Igreja era a Comunhão dos santos – chamados e trazidos para fora do império das trevas, para servirem ao Criador, no Reino da Luz.

Essa Igreja não precisava orar por necessidades materiais e sociais, bastava contar para os irmãos, que a comunidade resolvia a necessidade deles.

Deus havia respondido, a priori, todas as orações por necessidades materiais e sociais, fazendo surgir uma comunidade solidária.

O pedido: “O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje. (MT 6.9) ” estava respondido, e diariamente.
Então, para haver o “pão nosso” não pode haver o pão, o bem ou a propriedade minha, todos os bens e propriedades têm de ser de todos.


Mais tarde, eles elegeram um grupo de pessoas, chamadas de diáconos – garçons, para cuidar disso (At 6.3). Então, diante de qualquer necessidade, bastava procurar os garçons, que a comunidade cuidava de tudo. Era o princípio do direito: se alguém tinha uma necessidade, a comunidade tinha um dever.

Essa Igreja não existe mais!


A IGREJA QUE NÃO EXISTE MAIS (2)

“Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Tg 5.14-15

Os membros da comunidade do Cristo não precisavam orar por cura física, bastava procurar os presbíteros: lideres eleitos pelo povo, a partir de suas qualidades como cristãos (1Tm 3.1-7); que eles ungiriam com óleo, que representa a ação do Espírito Santo, porque é o Espírito Santo, quem unge e cura (Lc 4.18), e a pessoa seria curada; claro, sempre segundo a vontade do Senhor, porque essa é a regra de ouro: “Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu." (Mt 6.10)
Os crentes em Jesus de Nazaré, não precisavam fazer varredura espiritual para ver se tinham qualquer problema, parecido com o que hoje é chamado de maldição hereditária, ou similar. A oração dos presbíteros ministrava o perdão de Deus, conquistado por Cristo na cruz e na ressurreição.


Deus havia respondido todas as orações por cura física pela instituição de presbíteros, que tinham a autoridade para ministrar o poder de Cristo sobre a enfermidade, segundo a vontade de Deus, dependendo, portanto, apenas, do que o Altíssimo tivesse decidido sobre a pessoa em questão.

Essa Igreja não existe mais!

A IGREJA QUE NÃO EXISTE MAIS (3)

Pelo que orava a Igreja do Novo Testamento?

“Mas eles ainda os ameaçaram mais, e, não achando motivo para os castigar, soltaram-nos, por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera; pois tinha mais de quarenta anos o homem em quem se operara esta cura milagrosa. E soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes haviam dito os principais sacerdotes e os anciãos. Ao ouvirem isto, levantaram unanimemente a voz a Deus e disseram: Senhor, tu que fizeste o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles há; que pelo Espírito Santo, por boca de nosso pai Davi, teu servo, disseste: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma, contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente se ajuntaram, nesta cidade, contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse. Agora pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Servo Jesus. E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.”
At 4.21-31

Oravam para que nenhum sofrimento os impedisse de glorificar a Cristo, de anunciá-lo com coragem e determinação – o Cristo que eles viviam diariamente pela fraternidade solidária.

Oravam por missão!
Para além da Igreja que está sob perseguição, não há sinal de que essa Igreja ainda exista!



A IGREJA QUE NÃO EXISTE MAIS (4)

O que existe?

- A Comunhão dos santos existe na realidade da Igreja invisível. Mas, que relevância tem na história uma igreja invisível?

- Ajuntamentos cúlticos – há os que procuram se pautam pela Bíblia, e os que nem tanto.

- Instituições – (muitas e cada vez mais) há as que ainda tentam ser apenas um odre para o vinho, e as que nem tanto.

- Discursos sobre Cristo e sua obra – há os que falam sobre Jesus, segundo a Bíblia, e os que nem tanto.

- Conversões pessoais – há as que trazem marcas do Novo Testamento, e as que nem tanto.

- Missionários – há os que pregam a Cristo, sua morte e ressurreição, e os que nem tanto. O apoio ao missionário está mais para esmola do que para sustento.

- Ação social – há as que querem emancipar o pobre, por amor a Cristo, e as que nem tanto.

- Pastores e Lideres – há os que tentam alcançar o padrão dos presbíteros do Novo Testamento, e os que tanto menos.

- Títulos - em profusão, constratanto com a escassez de irmãos.

- Orações - principalmente, por necessidades materiais, sociais e de cura, que parecem não ser respondidas, pelo menos, não a contento.

- Milagres – (mas pessoais) a misericórdia divina continua se manifestando, porém, não se entende mais o princípio de sua ação.

- Ministérios – há os que são ministros (servos), e os que nem tanto.

- Riqueza – Instituições estão cada vez mais ricas, e há os que usufruem da mesma.

- Irmãos e irmãs que amam a Cristo e a Igreja, mas que estão cada vez mais confusos sobre o que estão assistindo – e há, cada vez mais, um amor em crise.

E ecoa a voz do Cristo: Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (
Lc 18.8)

Talvez, ainda haja tempo de pedir perdão!

domingo, 26 de julho de 2009

Sarau da Comuna

Estive neste último sábado, 25/07 no Sarau da Comuna, evento que reune artistas cristãos de diversas áreas da arte, organizado pela Comunidade de Jesus. Lá pude encontrar alguns amigos e conhecer diversos artistas que eu não conhecia pessoalmente.
João Alexandre, Gerson Borges, Jorge Camargo, Diego Venâncio, Fabinho Silva, Telô Borges, Wanda Sá, Roberto Diamanso, foram alguns dos que passaram por lá.
As canções e composições desses irmãos são simplesmente divinas. Ao ouvir cada dedilhar de João, cada verso de Diamanso, minha alma se agitava dentro de mim como que se cada palavra e melodia as tivesse atingido. Temos um verdadeiro tesouro no corpo de Cristo!
Espero sinceramente que os trabalhos desses irmão se façam ouvir no meio da igreja institucionalizada, pois embora eu os chame de artistas, na verdade, são os verdadeiros profetas que usam sua arte e inspiração para comunicar os valores do Reino e o amor do Pai.
Quem ainda não conhece esse pessoal, use o google e não perca mais tempo!


sábado, 4 de julho de 2009

A sala do consultório

Em alguns textos o pastor Ricardo Gondim me transporta para a realidade que está decifrando. O texto abaixo é um deles. Concordo em gênero, número e grau.

Detesto esperar por médico. No Brasil, marca-se uma consulta para as três horas para ser atendido às quatro. Essa falta de consideração com os pacientes já é cultural. Mas pior, pior mesmo, é ser obrigado a ler revistas espalhadas pelas poltronas plásticas. E saber como os ricos e famosos comem, dormem e transam.


Não há suplício maior para quem já está doente. Haja estômago!Não suporto as fotos posadas de endinheirado querendo exibir salas, potros, malas e novos amores. Todas parecem falsas, com um retoque de mentira; parecem flor artificial em penteadeira de lupanar. Todavia, vencido pelo tédio do atraso médico, fraquejo e começo a folhear as revistas velhas (porque os consultório só têm revista velha?)

O estômago embrulha com os casamentos luxuosos, com os iates, com as viagens a Bariloche. Não suporto os risos marmorizados. Acho difícil engolir a farsa pequeno-burguesa. Nessas revistas – algumas possuem ilha e castelo – o paraíso fica pertinho. E retratado com quatro cores. Ninguém sofre – riquinho não chora, só se chateia –, ninguém se angustia, ninguém toma ansiolítico. Nenhum é mau marido. Nenhum sonega imposto. Pelo rosto, dá para imaginar como as mulheres são ótimas na cama (?!?!).

Os apaniguados da injustiça social são grandes ingênuos. Não atinam para o ridículo que se expõem. Talvez saibam que não estão sós. O povaréu os admira porque também quer escapar da crueldade da existência. A verdade que agride é igualitária. E as revistas vendem. Existe uma multidão que ambiciona ganhar o dinheiro que os bacanas ostentam. A Grande Farsa seduz. O que importa? Nem que seja em sonho, o povão quer aquela irrealidade. Auto-enganar-se em uma ilha grega parece bem melhor do que nas praias sujas e lotadas das grandes cidades. O que é melhor, beber conhaque em copo de geléia ou vinho francês em taça de cristal?

Os sortudos servem, assim, de espelho. A plebe fascinada se projeta na ilusão. O Céu parece plausível. E fica ali, pertinho. O Nirvana se realiza todas as semanas. A Cidade Celestial desce à terra em cada edição. Antes de morrer, alguns já entraram pelos Portões de Pérola, não há dúvida. Ao povaréu, resta rezar, orar, dar o dízimo, apelar para santo Expedito, obedecer aos conselhos do apóstolo. Talvez, um dia, experimentem o mesmo ócio bendito.

Igrejas neopentecostais, loterias, revistas de fofoca, são a mesma coisa. Todos prometem à ralé a sublime graça de gargalharem enquanto o restolho humano trabalha, sofre e agoniza. De agora em diante, escolherei médico pelas revistas que disponibilizar no consultório. Ando empapuçado com promessa religiosa e com novo rico metido a besta.

Soli Deo Gloria

terça-feira, 30 de junho de 2009

Feridos em nome de Deus (O livro)

Um livro que nos fará refletir sobre os rumos da igreja (instituição) evangélica. Conheço a autora e acompanhei bem de perto a realidade transcrita nesse livro. Só espero que tenhamos maturidade para lê-lo entendendo que essa ferida é estrutural e que não devemos procurar um bode espiatório para nossos erros.









Entrevista da Marilia para a Revista Época :

Segunda-feira, 29 de Junho de 2009
“Há abusos em nome de Deus”Jornalista relata os danos do assédio espiritual cometido por líderes evangélicos.(Kátia Mello)

A igreja evangélica está doente e precisa de uma reforma. Os pastores se tornaram intermediários entre Deus e os homens e cometem abusos emocionais apoiados em textos bíblicos. Essas são algumas das afirmações polêmicas da jornalista Marília de Camargo César em seu livro de estreia, Feridos em nome de Deus (editora Mundo Cristão), que será lançado no dia 30. Marília é evangélica e resolveu escrever depois de testemunhar algumas experiências religiosas com amigos de sua antiga congregação.
ENTREVISTA - MARÍLIA DE CAMARGO CÉSAR
QUEM É: Marília de Camargo César, 44 anos, jornalista, casada, duas filhas.

O QUE FEZ: Editora assistente do jornal O Valor, formada pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero

O QUE PUBLICOU: Seu livro de estreia é Feridos em nome de Deus (editora Mundo Cristão).

ÉPOCA – Por que você resolveu abordar esse tema?
Marília de Camargo César – Eu parti de uma experiência pessoal, de uma igreja que frequentei durante dez anos. Eu não fui ferida por nenhum pastor, e esse livro não é nenhuma tentativa de um ato heroico, de denúncia. É um alerta, porque eu vi o estado em que ficaram meus amigos que conviviam com certa liderança. Isso me incomodou muito e eu queria entender o que tinha dado errado. Não quero que haja generalizações, porque há bons pastores e boas igrejas. Mas as pessoas que se envolvem em experiências de abusos religiosos ficam marcadas profundamente.

ÉPOCA – O que você considera abuso religioso?
Marília – Meu livro é sobre abusos emocionais que acontecem na esteira do crescimento acelerado da população de evangélicos no Brasil. É a intromissão radical do pastor na vida das pessoas. Um exemplo: uma missionária que apanha do marido sistematicamente e vai parar no hospital. Quando ela procura um pastor para se aconselhar, ele diz: “Minha filha, você deve estar fazendo alguma coisa errada, é por isso que o teu marido está se sentindo diminuído e por isso ele está te batendo. Você tem de se submeter a ele, porque biblicamente a mulher tem de se submeter ao cabeça da casa”. Então, essa mulher pede um conselho e o pastor acaba pisando mais nela ainda. E usa a Bíblia para isso. Esse é um tipo de abuso que não está apenas na igreja pentecostal ou neopentecostal, como dizem. É um caso da Igreja Batista, que tem melhor reputação.

ÉPOCA – Seu livro questiona a autoridade pastoral. Por quê?
Marília – As igrejas que estão surgindo, as neopentecostais (não as históricas, como a presbiteriana, a batista, a metodista), que pregam a teologia da prosperidade, estão retomando a figura do “ungido de Deus”. É a figura do profeta, do sacerdote, que existia no Antigo Testamento. No Novo Testamento, Jesus Cristo é o único mediador. Mas o pastor dessas igrejas mais novas está se tornando o mediador. Para todos os detalhes de sua vida, você precisa dele. Se você recebe uma oferta de emprego, o pastor pode dizer se deve ou não aceitá-la. Se estiver paquerando alguém, vai dizer se deve ou não namorar com aquela pessoa. O pastor, em vez de ensinar a desenvolver a espiritualidade, determina se aquele homem ou aquela mulher é a pessoa de sua vida. E ele está gostando de mandar na vida dos outros, uma atitude que abre um terreno amplo para o abuso.

ÉPOCA – Você afirma que não é só culpa do pastor.
Marília – Assim como existe a onipotência pastoral, existe a infantilidade emocional do rebanho. A grande crítica de Freud em relação à religião era essa. Ele dizia que a religião infantiliza as pessoas, porque você está sempre transferindo suas decisões de adulto, que são difíceis, para a figura do pai ou da mãe, substituí­dos pelo pastor e pela pastora. O pastor virou um oráculo. Assim é mais fácil ter alguém, um bode expiatório, para culpar pelas decisões erradas.

ÉPOCA – Quais são os grandes males espirituais que você testemunhou?
Marília – Eu vi casamentos se desfazer, porque se mantinham em bases ilusórias. Vi também pessoas dizendo que fazer terapia é coisa do diabo. Há pastores que afirmam que a terapia fortalece a alma e a alma tem de ser fraca; o espírito é que tem de ser forte. E dizem isso apoiados em textos bíblicos. Afirmam que as emoções têm de ser abafadas e apenas o espírito ser fortalecido. E o que acontece com uma teologia dessas? Psicoses potenciais na vida das pessoas que ficam abafando as emoções. As pessoas que aprenderam essa teologia e não tiveram senso crítico para combatê-la ficaram muito mal. Conheci um rapaz com muitos problemas de depressão e de autoestima que encontrou na igreja um ambiente acolhedor. Ele dizia ter ressuscitado emocionalmente. Só que, com o passar dos anos, o pastor se apoderou dele.

ÉPOCA – Qual foi a história que mais a impressionou?
Marília – Uma das histórias que mais me tocaram foi a de uma jovem que tem uma doença degenerativa grave. Em uma igreja, ela ouviu que estava curada e que, caso se sentisse doente, era porque não tinha fé suficiente em Deus. Essa moça largou os remédios que eram importantíssimos no tratamento para retardar os efeitos da miastenia grave (doença autoimune que acarreta fraqueza muscular). O médico dela ficou muito bravo, mas ela peitou o médico e chegou a perder os movimentos das pernas. Ela só melhorou depois de fazer terapia. Entendeu que não precisava se livrar da doença para ser uma boa pessoa.“O pastor está gostando de mandar na vida dos outros e receber presentes. Isso abre espaço para os abusos”.

ÉPOCA – Por que demora tanto tempo para a pessoa perceber que está sendo vítima?
Marília – Os abusos não acontecem da noite para o dia. No primeiro momento, o fiel idealiza a figura do líder como alguém maduro, bem preparado. É aquilo que fazemos quando estamos apaixonados: não vemos os defeitos. O pastor vai ganhando a confiança dele num crescendo. Esse líder, que acredita que Deus o usa para mandar recados para sua congregação, passa a ser uma referência na vida da pessoa. O fiel, por sua vez, sente uma grande gratidão por aquele que o ajudou a mudar sua vida para melhor. Ele quer abençoar o líder porque largou as drogas, ou parou de beber, ou parou de bater na mulher ou porque arrumou um emprego. E começa a dar presentes de acordo com suas posses. Se for um grande empresário, ele dá um carro importado para o pastor. Isso eu vi acontecer várias vezes. O pastor gosta de receber esses presentes. É quando a relação se contamina, se torna promíscua. E o pastor usa a Bíblia para legitimar essas práticas.

ÉPOCA – Você afirma que muitos dos pastores não agem por má-fé, mas por uma visão messiânica...
Marília – É uma visão messiânica para com seu rebanho. Lutero (teólogo alemão responsável pela reforma protestante no século XVI) deve estar dando voltas na tumba. O pastor evangélico virou um papa, a figura mais criticada pelos protestantes, porque não erra. Não existe essa figura, porque somos todos errantes, seres faltantes, como já dizia Freud. Pastor é gente. Mas é esse pastor messiânico que está crescendo no evangelismo. A reforma de Lutero veio para acabar com a figura intermediária e a partir dela veio a doutrina do sacerdócio universal. Todos têm acesso a Deus. Uma das fontes do livro disse que precisamos de uma nova reforma, e eu concordo com ela.

ÉPOCA – Se a igreja for questionada em seus dogmas, ela não deixará de ser igreja?
Marília – Eu não acho. A igreja tem mesmo de ser questionada, inclusive há pensadores cristãos contemporâneos que questionam o modelo de igreja que estamos vivendo e as teologias distorcidas, como a teologia da prosperidade, que são predominantemente neopentecostais e ensinam essa grande barganha. Se você não der o dízimo, Deus vai mandar o gafanhoto. Simbolicamente falando, Ele vai te amaldiçoar. Hoje o fiel se relaciona com o Divino para as coisas darem certo. Ele não se relaciona pelo amor. Essa é uma das grandes distorções.

ÉPOCA – No livro você dá alguns alertas para não cair no abuso religioso.
Marília – Desconfie de quem leva a glória para si. Uma boa dica é prestar atenção nas visões megalomaníacas. Uma das características de quem abusa é querer que a igreja se encaixe em suas visões, como querer ganhar o Brasil para Cristo e colocar metas para isso. E aquele que não se encaixar é um rebelde, um feiticeiro. Tome cuidado com esse homem. Outra estratégia é perguntar a si mesmo se tem medo do pastor ou se pode discordar dele. A pessoa que tem potencial para abusar não aceita que se discorde dela, porque é autoritária. Outra situação é observar se o pastor gosta de dinheiro e ver os sinais de enriquecimento ilícito. São esses geralmente os que adoram ser abençoados e ganhar presentes. Cuidado.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Tio Sam não é mais o mesmo!

Quem nasceu e viveu boa parte da vida no contexto da Guerra Fria que dominou o mundo pós-segunda guerra até meados dos anos 90 deve estar de cabelo em pé! Naquela época existiam dois lados, que pelo menos na teoria, não se misturavam. O bloco comunista com sua força maior, a URSS e o bloco capitalista encabeçado pelos EUA. Pois vejam bem meus amigos, o mundo mudou! Rasguem os manuais de política, pois precisam ser reinventados!

Aqueles que batiam no peito e diziam "Laissez faire", ou seja, que o Estado fique longe da econômia, pois existe uma tal de "mão invisível" que regula o tal do "mercado", estão injetando bilhões de dólares nas empresas privadas para salvar a econômia.

Ouvi em uma reportagem na CBN que o governo americano está se tornando sócio majoritário de diversas grandes empresas americanas, dentre elas a GM! Eu chamaria isso de "estatização as avessas". Parece que o velho barbudo, Marx, não estava tão louco quando "profetizou" o colapso do capitalismo! Se não está em colapso completo ainda, pelo menos está tendo que rebolar para ficar em pé!

Inglaterra, Alemanhã, Japão e Cia também estão pondo as mãos nos cofres para salvar suas empresas da bancarrota! É só sucesso... é mais o menos assim: "eu acumulo os lucros e nós socializamos as perdas", no mais escancarado esquema "eu cago, vocês limpam" (Desculpe pela palavra feia).

A pergunta que fica é: seria os EUA a nova nação "socialista" na Terra! Quem viver verá que fim vai dar! Enquanto isso no terceiro mundo, bilhões de pessoas estão mais preocupadas é com o que vão comer e beber na próxima refeição, se é que ela chegará. E assim caminha a humanidade... em passo de forminga e sem bondade (ou vontade, sei lá)!

Esquerda e direita, capitalismo e socialismo, enfim, todos os ismos... só existem nos manuais. Na vida real o que vale é o velho ditado "manda quem pode e obedece quem tem juízo".

Que Deus tenha misericórida de nós, que vivemos na segunda parte desse ditado.

Inté a próxima!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Há esperança

Nesta semana, o Jornal Nacional (rede Globo) está mostrando uma série de reportagens sobre alguns trabalhos sociais das igrejas evangélicas do Brasil. Os trabalhos mostrados são todos de igrejas "históricas", pelo menos até hoje, quinta-feira. Deixando de lado a crítica de pensar o que a Globo está querendo com isso, embora, creia que encontraram uma forma de cutucar a "neopentecostal" (ou seja lá o que for) Universal, as reportagens que assisti até agora mexeram comigo.

Em uma delas, um pastor Metodista, faz um maravilhoso trabalho "debaixo da terra" em um bairro do centro de São Paulo, fornecendo banho, cama, comida e abrigo a pessoas que viviam nas ruas. Debaixo da terra porque o local fica literalmente no subterrâneo de uma rua. Lá esse pastor enfrenta todos os demônios que a maioria dos pastores não gostam de enfrentar, e não enfrenta com uma "oração forte", mas com amor, carinho, atenção e dedicação. Os frutos desse trabalho são inumeros, mas o jornal destacou um ex-morador de rua, mergulhado nas drogas que foi transformado pelo poder de Deus através desse trabalho. Hoje é casado, pai de uma filha, tem um trabalho digno e tem onde morar.

Hoje mostrou o trabalho dos Batistas e Adventistas com crianças em situação de risco, cuja as guardas fora retirada de seus pais. Não estou aqui enaltecendo essas instituições, mas sim as pessoas que se dedicam para serem sal e luz na vida de crianças tão sofridas.

Bom, ver essas reportagens me encheu de esperança. Fiquei emocionado. Há esperança. Agradeci a Deus, pois vi que existe seriedade no meio evangélico. Eu já estava meio cético. Sei que alguns vão pensar: "nossa, tudo isso por causa de uma reportagem... ainda mais da Globo"; mas não estou nem aí. Ver essas pessoas abnegadas, cheias do Amor de Deus, me deu sede e fome de justiça. Quero permanecer assim e me inspirar com esses exemplos.

Tomara que todos os cristãos brasileiras tenham visto e mirem-se nesses exemplos. Mas, acima de tudo, ainda há esperança.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Desconstrução

Li esse texto e confesso que expressou com muita clareza tudo o que tenho pensado nos últimos tempos... não resisti, por isso, resolvi postá-lo. Espero que gostem.

Não quero reformar nada! Não quero reformar ninguém! Apenas quero desconstruir minha religião e dar-me a oportunidade de começar novamente. Do zero! Quero aprender a orar porque suspeito que nunca aprendi em todos esses anos de eloquentes orações entonadas no conjunto de súplicas adornadas de lindos verbos.

Tenho a ligeira impressão de que todas as vezes em que falei em línguas na roda de oração para fazer notório o meu nível espiritual, não me valeram de edificação alguma. E que minhas devocionais carregadas de desânimo e obrigação para com a minha "consagração" no ministério de louvor não resultaram em nenhuma intimidade com Deus!

Quero desfazer de tudo que sei, ou que penso saber, e de tudo que não sei, e penso não saber, para aprender paulatinamente através de uma busca sincera, paciente, desobrigada, verdadeiramente motivada e autêntica, tudo quanto preciso, quanto quero e quanto me é essencial na jornada da fé.

Quero despojar-me dos manuais religiosos, das doutrinas inquestionáveis, das tradições incoerentes e da estupidez e falácia da religião. Quero duvidar de tudo e de todos, porque minha alma contorce pela verdade e tem sede de justiça. Quero abrir os meus olhos e enfrentar o ardor da luz cortante da revelação. Quero ficar cego por um tempo em virtude do impacto que a luz da verdade traz. Ficar cego para o enlatado evangélico, cego para o cauterizado cristianismo institucional. Quero ficar cego para as fórmulas instantâneas da fé, da sua comercialização e do abuso espiritual. Quero recobrar a visão aos poucos. Enxergar com sanidade a vida, as pessoas, a família, os amigos, o futuro, o presente e o passado. Quero aprender a enxergar tudo que enxergava errado. Usar minha visão pela primeira vez!

Quero me desviar dos caminhos da "i"greja que não segue o Caminho de Cristo. E andar na contra-mão desse sistema religioso elaborado sobre outro fundamento que não Jesus, a Rocha Viva. Quero tirar a capa que me identifica como "cristão" com o emblema da cruz para vestir-me de amor pelo próximo e por esse amor ser conhecido como discípulo de Cristo. E carregar não o emblema da cruz, antes, tomá-la dia após dia em meus ombros e renunciar à volúpia e morrer para o pecado.

Quero fugir dos grandes eventos de milagres e shows da fé, patrocinados por sórdida ganância e puro estrelismo. E me juntar aos homens de Deus presenteados com o dom da cura que trocam o palco pelo corredor dos hospitais. Que ao invés de pedirem que vão a eles, se disponhem a IR aos que necessitam. Cansei de viver sob maldição financeira! E, agora, não gasto meu dinheiro patrocinando esse sistema putréfulo de escravizar a fé dos pequeninos. Não quero participar de tal infâmia! Que o pouco que tenho sirva não ao luxo dos templos e de seus donos, mas, aos que realmente necessitam da minha fidelidade financeira resultante da confiança no Jeová Jiré. E não da ameaça pastoral de maldição da pobreza versus prosperidade.

Quero ser livre para pecar! E da mesma maneira não pecar por entender que não me convém. Mas, se o desejo do pecado ronda a minha mente e não peco por causa da pressão de ter que me consagrar no ministério da "i"greja, que pobre que sou. Porque ainda não seria livre do pecado, mesmo não o praticando... Quero aprender a conduzir meu estilo de vida como resposta de gratidão à aceitação e perdão de Cristo, não como regras e proibições eclesiásticas que não tem efeito nenhum contra o pecado.

Estou desconstruindo a minha fé míope e doente para cultivá-la de forma autêntica, sincera, humana e verdadeira. Estou disposto a arriscar minhas crenças pelo conhecimento da verdade eterna, de modo, que mesmo vendo-a como em espelho, possa um dia conhecê-la completa assim como sou conhecido. Se para encontrar o Deus que está estampado no caráter de Cristo, me tornar necessário descrer do Deus pregado, e tornar-me ateu, que assim seja. E que possa, conhecê-Lo de forma pura, única, pessoal e intransferível.

Quero derrubar meus pilares espirituais porque não sei de onde vieram. Estavam lá no discurso e na retórica que pseudonimamente aceitei como sendo Jesus Cristo. Agora, nego a cartilha que reza, nego a teologia pronta que engoli e dou-me a oportunidade de aceitar, de fato, Cristo meu Senhor e Salvador, pura e simplesmente.Se fosse possível voltar ao ventre de minha mãe e carregar em meus genes a luz que agora vejo, para que ao nascer, soubesse desviar dos caminhos que para o homem parecem bons, poderia começar de novo sem incongruências e inverdades ludibriosas.

Talvez, só agora tenha entendido o que significa "nascer de novo"...

Autor: Thiago Mendanha (blog Tomei a Pilula Vermelha em "eu recomendo")

domingo, 24 de maio de 2009

Em "Balanço"

Há algum tempo tenho feito um balanço de minha vida como cristão. Esse balanço é fruto de um cansaço insuportável do que me tornei depois de 10 anos de minha conversão. Além da Salvação e Libertação proporcionadas por Cristo em sua infinita misericórdia em minha vida, pude cursar uma faculdade, ter um ótimo emprego, me casar e ver minha família sendo restaurada. Além disso, na igreja onde congregava fui muito feliz, pois conheci pessoas maravilhosas e pude contribuir um pouquinho na vida de cada pessoa que cruzou o meu caminho.

O leitor dessa postagem deve estar se perguntando: Então o por que do balanço? Você é bobo ou quer um conto?

Conheci a Cristo de uma forma maravilhosa. Foi no meu quarto, na presença de um amigo que tanto me falava de um Amor que eu jamais houvera conhecido. Simplesmente eu não compreendia esse amor. Porém, esse amigo, mais do que falar, me Amou. Amou com esse Amor. Derramou lágrimas em oração pela minha vida. E como fruto disso, pode presenciar o maravilhoso momento em que me entreguei a esse Jesus que tanto me amara na pessoa desse meu amigo. Me entreguei por inteiro. Sem reservas. De forma pura e completa ao ponto de que se me dissessem que era necessário pular em um abismo para encontrá-Lo lá eu iria. Me sentia como um diamante bruto, uma criança que acabara de nascer.

Sai desse encontro como uma chama acesa. Não conseguia me conter, queria contagiar a todos os que cruzavam o meu caminho. Consegui contagiar alguns. Logo fui para uma igreja e... bom... aqui começa o motivo do balanço.

Resumidamente, como disse acima, fui muito feliz. Coisas maravilhosamente boas me aconteceram, conforme descrevi no início. Porém, antoganicamente, nesse mesmo lugar em que vivi tantas bençãos, também recebi marcas que me tornaram alguém diferente do alvo que eu tinha que era ser um pequeno cristo. Basiei minha fé em experiências espirituais particulares de alguns líderes, em visões e revelações fantasiosas, em fórmulas mágicas. Pratiquei "atos proféticos" que não tinham sentido algum para a realidade sob o pretesto de que estava "movendo o mundo espiritual". Me tornei preconceituoso, intolerante e exclusivista em relação as demais pessoas que não andavam de acordo com aquilo que eu acreditava ser a verdade. Vi uma máquina religiosa funcionando baseada em um fundamento econômico que pouco tem a ver com os ensinamentos de Cristo. Vi pessoas sendo feridas e humilhadas por não se enquadrarem no modelo estabelecido em minha igreja. Participei de um projeto que visava estabelecer o Reino de Deus entre as nações, mas que não conseguiu nem transformar o caráter de seus participantes. Aprendi a orar incessantemente de forma mecânica, principalmente em linguas estranhas, sob o pretesto de estar edificando o meu espírito e "movendo" o mundo espiritual.

Porém, Deus, em sua infinita misericórdia, em meio a tudo isso, sempre falou comigo. Sabia a intenção do meu coração e o meu desejo de agradá-lo.

Há cerca de 2 anos, tudo o que relatei acima acabou. Acredito que devido ao fato de ter se tornado insuportável, tanto para Deus, quanto para algumas pessoas. E para quem estava acostumado a ouvir a Deus em meio a todas essas coisas veio derrepente o silêncio. O silêncio de Deus, que hoje acredito que não é silêncio. Apenas, nossos ouvidos foram tampados, para que apenas vejamos. Vejamos o que está explicito, gritante e que sempre ignoramos: Deus não despresa o abatido e contrito de coração.

Esse é o balanço.

Hoje vejo Deus, quando ando nas ruas. Vejo-o nos esquecidos e marginalizados, nos refugiados de guerra, nos doentes nas filas dos hospitais que clamam por ajuda, nos famintos nas esquinas, no pai de família desesperado devido ao desemprego, na mãe solteira que sai cedo para trabalhar e deixa seus filhos pequenos entregue à sorte. Vejo-o nas crianças violentadas, em situação de risco refugiadas em abrigos e orfanatos. Lembro-me do que está escrito: tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, estive frio e nu e não me cobriste... se fizeres o bem a algum dos pequeninos estarás fazendo a mim.

Como fruto desse balanço, passei a enxerga-Lo por outro ângulo. Mais real, mais claro, mais humando, através de um Cristo que humanizou-se abrindo mão de ser Deus por Amor ao homem. Amor esse inexplicável, inteligível, mas acessível a todos os que se achegarem a Ele.
Tenho lutado para me tornar uma pessoa melhor. Um pequeno Cristo. E pra isso, sou totalmente dependente Dele, pois ao vê-lo no outro ainda não sei como agir direito, faço um esforço danado pra fazer algo que diante da necessidade fica pequeno, mas acredito que esse é o caminho.

Desculpem a lacuna e o tempo longo sem postar. É que tudo o que escrevi acima está em ebulição dentro de mim e ainda não sabia como expressar. Aliás, nem sei se consegui me expressar direito.

domingo, 3 de maio de 2009

Cristianismo x Egoísmo

A cada dia que passa fico mais "escandalizado" com a postura de alguns evangélicos em relação à vida aqui na Terra. Outro dia, em uma situação na empresa em que trabalho, onde em um setor que conta com oito pessoas, uma foi acometida de uma enfermidade e a outras duas sofreram acidentes automobolísticos, ouvi o seguinte comentário de uma evangélica: - viu, na minha sala só sobrou eu, graças a Deus.

Ouvir isso doeu na minha alma. Fiquei pensando se Deus pensava assim também e se a frase dela fazia algum sentido cristão. Lembrei da parábola do bom samaritano. É como se o bom samaritano, ao ver o caído necessitando de ajuda, dissesse: - ainda bem que não foi comigo!
O que mais dói é que isso não é apenas uma opinião particular dela. Esse tipo de postura é praticamente doutrina em sua denominação. Aliás, esse tipo de postura é a que está em voga em boa parte dos tele-evangelistas. A compaixão e o amor dão lugar a uma espécie de "egoísmo cristão" que é muito parecido com a postura dos fariseus contemporâneos de Jesus.

Tenho um amigo que em função de seu trabalho conhece e as vezes até convive com as principais lideranças evangélicas do Brasil. Não quero aqui fazer nenhum tipo de juízo de valor sobre essas lideranças, por isso, não entrarei nos pormenores do que ouço e que me entristece profundamente. O fato é que esses líderes, com seus mega-ministérios, movimentam grandes quantias de dinheiro e justificam a necessidade de se obter mais recursos com o fato do imperativo de fazer a obra de Deus. Comparam seus ministérios ao ministério de Jesus quando esteve em carne entre os homens. Quantos mais milagres acontencem em seus ministérios, mais fortalecidos se sentem para justificar suas práticas. Os valores e ensinamentos de Jesus, muitas vezes, pouco importam.

Trabalhos comunitários, sociais, educacionais, que promovam a saúde, que humanizem os desumanizados, que evangelizem pela demonstração do poder de Deus que produz em nós os frutos do Espírito Santo que segundo a bíblia, no livro de Gálatas, são: "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei." (por que será que não vemos milagres nessa lista?), são a realidade de poquíssimas comunidades cristãs.

Frases como: "sou filho do Rei", "sou cabeça e não calda", "fui chamado para reinar sobre as nações", expressam apenas uma das doenças que tem acometido a igreja evangélica, o egoísmo.
Espero, de todo meu coração, que sejamos curados. E acredito que essa cura começa no despertar de nossa conciência diante de toda essa loucura que está a kilometros de distância da simplicidade do evangelho de Cristo. Simplicidade esta, que preciso encontrar novamente.

A Ele a glória!

terça-feira, 21 de abril de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Almas Perfumadas

Lindo poema de nosso poeta maior, Carlos Drumond de Andrade.

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que
a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas
que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra
no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Tem gente como você que nem percebe como tem a alma Perfumada!
E que esse perfume é dom de Deus.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 11 de abril de 2009

O Deus infinito

Belo texto do amigo Diego Venâncio (blog em "eu recomendo")

Quero compartilhar com os meus amigos algo que ouvi muito importante e curioso. O pastor Ariovaldo Ramos tem minha admiração por ser contundente, amoroso, alegre e profundo em sua mensagem.
Não falarei exatamente o que ele disse, pois eu tive aplicações para a minha vida e serão essas que apresentarei.
Ouvi sobre Isaías 6, e tomo a liberdade de postar um trecho deste capítulo aqui.

1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.
2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.
3 E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
4 E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
5 Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.
6 Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7 E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.
8 Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Quando Isaías ouve que o Rei Uzias morreu em sua cabeça a esperança de salvação se acaba, a salvação que levaria o povo a temer a Deus se acabara, pois Uzias foi um Rei temente a Deus. Mas em contrapartida Deus com sua aparição diz que ele está no controle e sentado no trono, continua lá, mesmo que a esperança tenha acabado.
O fato de a nossa esperança por vezes se acabar não isenta a ação de Deus e nem tira Ele de seu posto, ou seja de todo o poder e todo o controle sobre a história, existência e criação.
Logo entramos numa questão sobre a infinitude de Deus.
A orla ou séquito de suas vestes enchem o templo. Isso quebra qualquer tentativa de dizer que Deus está neste ou naquele lugar, ou num templo, pois apenas a berada de suas vestes enchia todo o templo.
Deus é infinito.
Para nós que somos finitos, ao olharmos para Deus, vemos um ser em plena expansão, não podendo delimitá-lo, assim como os cientistas olham para o Universo e o vêem em eterna expansão. Em atos 17:28 encontramos Paulo pregando no areópago e citando um poeta e dizendo que nisso ele estava correto..." Porque nEle nós vivemos, nos movemos e existimos". Se é em Deus que tudo existe logo, tudo é sustentado por ele.
Se Deus é um ser infinito logo, nós somos infintamente menores.
Temos um problema com a infinitude de Deus, pois Deus é sempre o mesmo, Ele é desde sempre. Nós mudamos a todo o instante e isso faz gerar um conflito de naturezas, nós mutáveis e finitos. Mas essa também se torna a nossa salvação, quando Deus não muda de posição, isso nos leva a salvação, pois o plano traçado é o plano executado.

No momento seguinte Isaías vê os anjos com 6 asas, duas cobrindo o rosto. Isso nos mostra que os anjos não podiam ver a glória de Deus. Eles eram serafins que significa reluzente, eles reluziam por causa da glória de Deus.
Duas asas voavam, mostrando a disposição em servir; com duas asas cobriam os pés, que tem o siginifcado de se abster de poder, pois Deus é o dono de todo o poder.
Eles diziam entre si: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia de sua glória. Eles não diziam a Deus mas entre si. O que eles diziam não chegava a Deus.
Os anjos na visão popular tem mais poder do que nós, e estão mais próximo de Deus do que nós estamos. Mas o que o texto diz é que os anjos não podiam ver Deus, pois suas asas cobriam seus rostos, mas Isaías podia vê-lo. O louvor dos anjos também não chegava a Deus, pois eles comentavam entre si. Mas as palavras de louvor de Isaías chegaram.
Mas quais foram as palavras de Isaías?
Deus o ser infinito, tem toda a glória. Nossas palavras de amor, ou de glorificação, de adoração, não imputam maior glória ao nosso Deus, Ele continua com a mesma glória infinita. Quando falamos do amor de Deus, o amor que falamos é infintamente menor do que o amor real de Deus. Deus agiu em relação a Isaías porque a palavra de Isaías foi: "Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos."
Nesse momento os anjos tocaram seus lábios com uma brasa. Imagino eu que Isaías pensou naquela hora que fosse morrer, mas ao contrário ele foi perdoado de todo o mal.
Ele teve uma leve noção da grandeza de Deus e viu o quanto era pequeno e nesse momento teve temor a Deus.
O maior louvor que podemos dar a Deus é o nosso arrependimento, que somos pequenos demais e reconhecimento de que Deus é o único e grandioso Deus. Nossas palavras são pobres para defini-lo.
Deus olha para nós quando nos arrenpedemos e nos dá uma nova chance, como a chance do príncipio.
Deus não está esperando de nós a perfeição para cumprir seu ministério, ou qualquer que seja seu propósito, mas espera nosso arrependimento e assim ele nos dá a condição de fazê-lo.

"Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim."

Ficarmos cantando, apenas, dizendo um monte de coisas para Deus não adiciona maior glória a Ele. Mas se arrepender sim o faz agir em nosso favor e isso sim, demonstra a glória do Senhor.