segunda-feira, 30 de março de 2009

Pregador sem profundidade



Se John Wesley vivesse nos dias de hoje estaria decepcionado! Mas graças a Deus existem as excessões! Quem não conhece a história desse cara, vale a pena se inteirar!

"Seus dons de pregador não melhoraram; são iguais a sete anos atrás; você possui vida, mas não profundidade; há alguma monotonia em sua mensagem; não há amplidão de pensamento. Somente a leitura diária pode remediar isso, combinada com meditação e oração. Você causa a si próprio graves prejuízos ao omitir tais coisas. Sem elas, você nunca chegará a ser um pregador profundo, e nem sequer um cristão completo. Oh! comece, só! Reserve horas determinadas de cada dia para entregar-se aos exercícios especiais. Você pode adquirir o gosto que ainda lhe falta: o que no princípio é tedioso passará a ser agradável depois".


(John Wesley em correspondência a um de seus cooperadores.)


Fonte: Lelièvre, Mateo. João Wesley: sua vida e obra. p.143-144.

domingo, 29 de março de 2009

Estou de "saco" cheio:

Do trânsito em São Paulo;

De ser tratado como imbecil pela mídia e pelos políticos;

De ver quem faz o bem sempre sozinho e quem faz o mal sempre acompanhado;

De viver uma fé desconectada da realidade;

De "ter" que aprender inglês;

De ligar a TV e ver algo sobre o Ronaldo gordo;

De cruzar com pessoas que tem o segundo grau completo e não sabem ler e escrever direito;

De ver propaganda do governo do estado dizendo que a educação está avançando;

De ver donos de empreteiras recebendo milhões por obras arranjadas;

De ouvir que essas empreiteiras das obras arranjadas, doam dinheiro para políticos que possuem "bons projetos" para o país, sem nenhum interesse por trás das doações;

De ver crianças nos faróis fazendo malabares em troca de uns trocados;

De nunca ter visto um rico ficar preso por mais de alguns dias;

De nunca ter visto um pobre ladrão de galinhas ser solto da prisão devido a um "habeas corpus";

De pagar IPTU, IPVA, ISS, IOF, ICMS, PIS, COFINS, TFE, IRPF, Pedágio, INSS e mais um monte de outros impostos que prefiro nem saber o nome;

De ter que pagar a conta de uma crise mundial gerada por um país, que nunca visitei, nem pretendo, e que exportou a força seu modelo consumista, egoista e arrogante para todo o mundo, transformando esse mundo num lugar pior para se viver;

De ter que explicar que sou cristão apesar do que vemos na TV;

De tentar entender por quê como cristãos fazemos um monte de coisas em nome de Deus que Ele jamais nos mandaria fazer.

De ouvir músicas, na Igreja, que mais parecem com mantras indianos e que não me levam a refletir sobre a realidade em que vivo e que não me encorajam a ser sal e luz na Terra;

De conhecer missionários que fazem trabalhos maravilhosos, mas que são abandonados por suas "igrejas" que estão mais preocupadas em como aumentar a arrecadação sob o pretexto de fazer a "obra de Deus";

De paradoxos;

De utopias.

sábado, 21 de março de 2009

Pobres ateus!

Texto do pastor, filósofo, teólogo e mais um monte de coisas... Ariovaldo Ramos, retirado do PavaBlog (link em "eu recomendo").
Eu também não quero o mundo dos ateus!

Disseram-me que o ateísmo está crescendo.
Fiquei a pensar… Quem quer o mundo oco e solitário dos ateus?
Não eu!
Eu quero o mundo povoado dos cristãos, dos judeus, dos muçulmanos, dos animistas…
Quero um mundo onde a gente não esteja só.
Um mundo com anjos de pé e caídos.
De entidades, de elfos, de mística, de mágica, de mistérios…
Quero o mundo onde os tambores invoquem.
Onde a multidão de línguas estranhas dos pentecostais façam os seres da escuridão retroceder.
Quero o mundo que produziu Beethoven que, surdo, dizia ouvir a música que Deus queria escutar, a quem aplaudiu na nona.
Que desafiou Mozart a zombar de Deus enquanto, qual o profeta Balaão, só conseguia emitir os sons que boca de Deus entoa!
Quero o encanto catártico de Haendell gritando ALELUIA! de forma arrebatadora!
A beleza de Bach nos fazendo ver a paz da Família Eterna.
Quero mundo das lindas e majestosas catedrais e dos pregadores das praças, das esquinas, dos caminhos…
Da riqueza sonora profunda dos cantos gregorianos e dos vociferantes pregadores: convocando os homens a mudar e o Espírito Santo a se levantar contra o mal.
Quero o mundo que faça um ser humano, diante a pior das borrascas, ver o seu salvador andando sobre o mar, anunciando a possibilidade.
Aquele em que o guerreiro, diante da incerteza, se ajoelha perante o Eterno e se levanta com um brilho nos olhos, certo de que tem uma missão, um motivo para brandir a espada, porque se há de correr o sangue humano, tem de haver uma razão, que dando significado a vida o faça não temer a morte.
Um mundo de poetas e romancistas, que fazem a morte gerar vida, que contam histórias porque, em meio ao mais insano, há algo para contar, e se há o que contar, então significa; e se há como contar, então há um significante anterior, de modo que, por mais que cada leitor possa, de alguma maneira, reinventar, ninguém consegue negar que leu e, se leu, podia ser lido.
Quero a fé que faz uma menina entrar numa das melhores faculdades do pais, sonhando que, um dia, tudo o que sabe ajudará um ser desprovido de tudo, num dos miseráveis cantões do planeta, a sorrir com esperança!
Quero a loucura dos missionários que abandonam tudo no presente, certos de que levarão milhares a viver o futuro.
Quem quer o socialismo frio do ateus?
Eu quero o socialismo dos crentes que, em meio à marcha dos trabalhadores e, diante do impasse do confronto com as forças do estabelecido, grita ao megafone: companheiros, avancemos! Deus está do nosso lado!
Da ciência não quero as equações, quero o grito de “Eureka!”, onde o cálculo se mistura com a revelação.
Da matemática quero a música, a certeza de que há sons no universo, que não só os podemos cantar, mas que há quem nos ouve.
Que ouviremos a grande e última trombeta, que reunirá toda a criação para o canto da redenção.
Eu não quero capitalismo nenhum, mas prefiro o dos seres humanos que acreditavam que o trabalho é um culto ao Criador e que o seu produto tinha de gerar um mercado a serviço do bem.
Quem quer o capitalismo consumista dos ateus, que reduz a vida ao aqui e agora, e transforma todos em desesperados que, pensando que não sobrará para eles, correm para acumular para o nada?
Os ateus dizem que evoluímos, mas que não vamos para lugar nenhum; que a ciência pode tudo; que verdade é a palavra dos vencedores; que os mais fortes sobreviverão, e que é o direito natural deles.
Não! Mil vezes não!
Quero o mundo onde os fracos tenham direito ao Reino; onde os mansos herdarão a terra; onde os que choram serão consolados; onde os que têm fome e sede de justiça serão fartos; onde os que crêem na justiça estejam prontos a morrer por ela; onde os mortos ressuscitarão.
Quem quer um mundo explicado, onde tudo é virtude ou falha de um neuro-transmissor qualquer?
Quero um mundo onde a fé , o amor e a paixão curem, mudem histórias e construam caminhos! Onde os artistas tenham o que registrar!
Um mundo onde o sol nasça e se ponha, onde as estrelas, polvilhando o infinito, apontem um caminho, falem da esperança de uma grande e decisiva família, e que qualquer ser humano ao ver isso, não se envergonhe de falar: maravilha! Um Deus fez isto!
Mas não quero a teologia técnica…
Quero o Deus apaixonado dos cristãos, que abandona sua Glória e se faz gente, trazendo a divindade para a humanidade e, ressuscitado, ao voltar, leva a humanidade para a divindade!
Quero o Deus inquieto de Israel, o pai dos judeus, com quem é possível lutar.
Quero do Deus que se permite ser detido por um Jacó.
Quero o Deus chorão de Jesus de Nazaré, que mesmo a gente tendo brigado com Ele, nunca conseguiu brigar conosco.
O Deus Pai, Mãe e Filho que repartiu conosco o privilégio de ser!
Quero o mundo do medo do desconhecido, e do maravilhar-se com o desconhecido: o mundo do encanto.
Como disse o pai da filosofia moderna, o que se descobre ser ao pensar, precisa de um mundo para aterrissar, precisa que haja alguém que faça pensar valer a pena, alguém que, ao fim, é da onde se pensa, e se ele não existe, então nada existe, porque o que pensa não tem como pensar a partir de si.
Quero o mundo que ri da finitude; que desdenha das limitações; que resiste ao sofrimento; que olha para o infinito sabendo que nossa existência não é determinada pela morte ou por nossas impossibilidades; que não somos frutos de um acidente.
Quero mundo que se sustenta na fé de que ressuscitaremos, de que brilharemos como o sol ao meio dia; de que vale a pena lutar pelo bem; de que vale a pena existir!

Ariovaldo Ramos

sexta-feira, 13 de março de 2009

É de Coração!

Essa música dilacerou meu coração esta noite. É na simplicidade dessas palavras que te adoro meu Jesus!

Obrigado Pr. Gerson Borges.

É DE CORAÇÃO – Pr. Gerson Borges

Como descrever,
Como explicar.
Um amor que vai de leste a oeste
E nunca mais vai me deixar

Tu me conheces bem
Sabes quem eu sou
Não há como me esconder de ti
Tu sempre sabes onde estou

É de coração
Tudo que eu disser
Um hino de louvor
A Jesus de Nazaré
Se as palavras não mostrarem
Como é grande a minha gratidão
Mesmo assim Senhor
Recebe meu louvor
É de coração!

Não vou esquecer
Não vou desprezar
O amor que tu me revelaste ali
Pra me resgatar

Tu me conheces bem
Sabes quem eu sou
Não há como me esconder de ti
Tu sempre sabes onde estou

É de coração
Tudo que eu disser
Um hino de louvor
A Jesus de Nazaré
Se as palavras não mostrarem
Como é grande a minha gratidão
Mesmo assim Senhor
Recebe meu louvor
É de coração!

Vídeo no youtube: É de Coração - Gerson Borges

Duas (hi)estórias no Egito

Vou postar aqui, dois textos do pastor Ricardo Gondim (página em "eu recomendo") sobre sua viagem ao Egito. Achei-os muito interessantes e gostaria de compartilhar com vocês:

Impressões do Egito
Ricardo Gondim

Escrevo desde o Cairo. Tudo me chama a atenção. As mulheres, escondidas sob véus negros, parecem monjas reclusas; os homens, fantasiados para uma festa de carnaval.

Rodopio. O tornado cultural me deixa tonto. Tento decifrar o que jamais entenderei completamente. Islam, quase onipresente, prevalece aqui. Noto que sou minoria – de novo. Destaco no meio da multidão. Não passo de um turista. Sinto-me frágil. Tenho medo. Estou infectado com a paranóia ocidental. A propaganda imperial grudou em mim. Pressinto que uma bomba explodirá na próxima esquina. Vejo terroristas onde não existem.

Perdido, não decifro o alfabeto que poderia ajudar-me a escolher as esquinas. Como é difícil lidar com novos cheiros, paladaraes e paisagens. Vejo-me no meio de uma cultura em que tudo me espanta, tudo choca, tudo fascina.

Visitei uma Igreja Ortodoxa Copta. O padre é uma mistura de Frei Damião com pastor evangélico. A igreja, iniciada no aterro de lixo da cidade, virou um centro de romaria. O padre Copta realiza uma belíssima obra para mudar a sorte de quem vive do lixo, no meio da mais profunda miséria. Seu ministério oferece um espaço de esperança e reconstrução. No Brasil, entretanto, uma mescla desse tipo jamais seria tolerada pelo status quo protestante. No Egito, seu ministério é celebrado como uma renovação carismática dentro da Ortodoxia Copta. Mas esse tipo de coisa é meandro de um mundo que só os crentes compreendem.

Aqui, participo de uma reunião de pastores e líderes evangélicos do Terceiro Mundo. Somos apenas 40. O fato de estarmos no Egito faz com que a reunião ganhe ares de conspiração. Uma conspiração que almeja ganhar o mundo.De novo, sinto-me meio estrangeiro entre meus pares. Abandonei a ambição de ganhar o mundo. Entendo que isso desestabiliza a alma. Magalomanias não fazem bem à saúde espiritual, roubam as âncoras da alma e sufocam a mente.

Medito. O que significa ser cristão no mundo atual? Como não existem vácuos no universo, Islam cresce em taxas vertiginosas em diferentes regiões do mundo. É a religião que mais se alastra. Séculos depois, os mouros "retomam" a Europa. A França iluminada não se conforma com burcas, mesquistas monumentais e tapetes estendidos para rezas.

Noto que os líderes evangélicos estão assustados. Com todo o planejamento gerencial, com todo o discurso triunfalista de que “Deus é por nós”, eles não entendem porque os seguidores de Maomé se multiplicam como cogumelo. Enquanto os evangélicos se embriagam com cultos à personalidade e tentam provar a autenticidade da mensagem com milagre, o fenômeno religioso do momento é islâmico.

Hoje, visitarei um mosteiro do século IV. Preparo-me para mais sustos.

Soli Deo Gloria.


No Egito, de volta ao passado
Ricardo Gondim

Entrei por uma porta estreita e baixa, descalcei os sapatos e vi-me cara a cara com a história. A capela esfumaçada, o chão atapetado, os pés descalços não me deixaram esquecer: eu estava no mosteiro de São Macário da Igreja Ortodoxa Copta, cerca de 150km de Cairo. Uma construção no meio do deserto. A experiência foi única. Viajei no tunel do tempo até o quarto século depois de Cristo (lembre-se, este é o vinte e um). A fumaça era incenso e meu olfato me ligava ao Divino - como cearense, gosto da idéia de “cheirar” Deus.

Acompanhado por outros pastores evangélicos, apertei a mão do monje Irineu. Um senhor de 59 anos de idade, que nunca faz a barba e que nos recebeu recoberto por um hábito preto; além do barrete preto, ele ainda usava véu. Irineu tem PHD em farmacologia. Entrou para vida monástica há mais de trinta anos e durante todo esse tempo nunca colocou os pés do lado de fora - não tem contato com o mundo, com a mídia ou com qualquer amenidade secular.

Com a missão de orar e trabalhar, Irineu cuida da impressão dos livros que seus irmão monjes escrevem sobre espiritualidade, história e teologia.

Os coptas (copta significa egípcio) acreditam ser discípulos do evangelista Marcos. O monasticismo egípcio teve origem bem antes das tradições monásticas católicas. Na época das perseguição que os cristãos sofreram na Alexandria, alguns homens entenderam que deviam preservar a fé, refugiando-se no deserto. São Macário, influenciado por Santo Antônio, por volta do ano 340 AD, assumiu a direção de um desses refúgios. Para que a fé não se corrompesse, Macário fez voto de viver em absoluta solitude (a raiz mono em monasticismo significa vida só).

Perguntei a Irineu, como era seu dia. Falando baixinho, contou que todos acordam as 4 da madrugada e oram até as seis. Tomam café da manhã em silêncio. Trabalham nas hortas, pomares e criação de ovelhas e vacas leiteiras. Almoçam em silêncio. Oram por mais duas horas. Estudam ou trabalham até às seis. Depois todos se trancam nas celas e jantam (ou não) sozinhos. No dia seguinte, a mesma rotina.

Alguns pastores que acompanhavam a visita franziram a testa. Outros se mostraram indignados com a falta de envolvimento dos monjes com as necessidades do mundo. Incenso escandalizou os mais intolerantes. Mas eu me extasiei com a visita. Como não me impressionar com uma página importante da fé cristã? O legado desses homens preservou documentos vitais; devemos a copistas, estudiosos e místicos a continuidade da mensagem de Cristo na época da corrupção dos cardeais e dos papas. Época dos pelegos da fé.

Na capela onde 49 monjes foram trucidados, lembrei-me que o ramo "protestante-fundamentalista-evangélico-pentecostal" que me formou tem pouco lastro, menos de 150 anos. O mosteiro de São Macário sobrevive há 1500.

Irineu largou emprego e família, trocou de nome, fez voto de castidade e de pobreza. Todos os dias lê a Bíblia e se coloca na brecha da intercessão, suplicando a Deus para que não deixe o mundo despencar na sarjeta. Não sei se teria coragem para fazer o mesmo, portanto, não posso criticá-lo. Na despedida, pedi que me incluisse em suas orações, pois eu é que sou miserável, cego e nu.

Soli Deo Gloria.

terça-feira, 3 de março de 2009

Guiné Bissau

Há uns dois anos atrás, tive o prazer de conhecer a família Souza: pastor Carlos, Ana e Carolina. Esta família é muito especial. Deixaram sua vida de conforto em Portugal para dedicarem-se ao trabalho em um orfanato que cuida de crianças abandonadas em Guiné Bissau, principalmente vítimas da Aids ou rejeitadas pelos pais devido alguma "maldição" de acordo com as religiões locais. Guiné Bissau é a terra natal de sua primeira filha, Carolina. Primeira, porque chegando lá adotaram mais duas meninas, gêmeas, que foram abondonadas no orfanato.
Enfim, desde a semana passada o país passa por tensões, pois ao que tudo indica, está sofrendo um novo golpe de estado (para saber mais acessem o link da notícia: Conflito em Guiné Bissau .
Abaixo, segue e-mail enviado pela Ana em 02/03. Peço que todos orem por eles e por Guiné Bissau.

Queridos Irmãos,

Várias pessoas nos têm contactado hoje por causa das noticias que têm ouvido do que aconteceu esta noite aqui na Guiné Bissau. Ontem à noite soubemos que tinham assassinado o Chefe Maior das Forças Armadas e durante toda a noite ouvimos bombas a rebentar e metralhadoras.
Hoje de manhã soubemos que o Presidente da República também tinha sido assassinado, como vingança.
O Ambiente aqui tornou-se logo terrível pois o povo ainda está muito marcado do Golpe de estado de 1998.
Hoje ninguém pode sair à rua, ninguém pode circular. Cortaram logo a Tv da Guiné Bissau também.
Até agora não sabemos mais nada e não houve qualquer alteração mas sabemos que poderá acontecer algo pior a qualquer altura.

Queremos pedir, queridos irmãos, que orem connosco para pedir a protecção do Senhor sobre a Casa Emanuel. As outras missões evangélicas já saíram de Bissau e foram para o interior. Os nossos consulados já nos ligaram dando nºs de urgência e dizendo que a qualquer momento poderão querer tirar os estrangeiros daqui.
Acontece que, nós aqui da Casa Emanuel não podemos sair pois temos 140 crianças connosco e nunca, jamais, deixaríamos estas crianças, pois foi por elas que para aqui viemos.
Além disso, nós não poderíamos sair mesmo pois o processo de adopção das Gémeas ainda não está acabado e sem elas não iríamos mesmo.

Também, pedimos as suas orações, pois temos comida aqui para as crianças mas se demorar muito esta situação, será difícil. Também temos o leite em pó a terminar pois iríamos comprar hoje de manhã e já nos deixaram sair.

Graças a Deus os policias deixaram-nos passar para comprar gasóleo pois sem o gasóleo a bomba de agua não funciona e sem água seria mesmo complicado.
Outro problema é que se esta situação se prolongar os funcionários terão medo de vir trabalhar e sozinhos será muito complicado cuidarmos de tudo e todos.

Queridos, estamos bem, só precisamos das vossas orações. O Senhor é connosco e Ele é quem nos protege de tudo.

Orem por nós... contamos com vocês.

Carlos, Ana, Carolina, Hadassa e Talita Sousa
Tel. 00 245 610 9797
email: carlosana-sousa@hotmail.com